quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=43

http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=43


O Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil, denominado "Memórias Reveladas", foi institucionalizado pela Casa Civil da Presidência da República e implantado no Arquivo Nacional com a finalidade de reunir informações sobre os fatos da história política recente do País.
Dando continuidade a iniciativas dos últimos governos democráticos, em novembro de 2005, o Presidente Lula assinou decreto regulamentando a transferência para o Arquivo Nacional dos acervos dos extintos Conselho de Segurança Nacional, Comissão Geral de Investigações e Serviço Nacional de Informações, até então sob custódia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e passou à Casa Civil a coordenação do recolhimento dos arquivos.
O Centro constitui um marco na democratização do acesso à informação e se insere no contexto das comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Um pedaço de nossa história estava nos porões. O "Memórias Reveladas" coloca à disposição de todos os brasileiros os arquivos sobre o período entre as décadas de 1960 e 1980 e das lutas de resistência à ditadura militar, quando imperaram no País censura, violação dos direitos políticos, prisões, torturas e mortes. Trata-se de fazer valer o direito à verdade e à memória.
A criação do Centro suscitou, pela primeira vez, acordos de cooperação firmados entre a União, Estados e o Distrito Federal para a integração, em rede, de arquivos e instituições públicas e privadas em comunicação permanente. Até o momento, em 13 Estados e no Distrito Federal foram identificados acervos organizados em seus respectivos arquivos públicos. Digitalizados, passam a integrar a rede nacional de informações do Portal "Memórias Reveladas", sob administração do Arquivo Nacional.
Essa iniciativa inédita está possibilitando a articulação entre os entes federados com vistas a uma política de reconstituição da memória nacional do período da ditadura militar. Os acordos firmados entre a União e os Estados detentores de arquivos viabilizam o cumprimento do requisito constitucional de acesso à informação a serviço da cidadania.
Estamos abrindo as cortinas do passado, criando as condições para aprimorarmos a democratização do Estado e da sociedade. Possibilitando o acesso às informações sobre os fatos políticos do País reencontramos nossa história, formamos nossa identidade  e damos mais um passo para construir a nação que sonhamos: democrática, plural, mais justa e livre.
Dilma Vana Rousseff
Ministra-Chefe da Casa Civil



Em 18 de novembro de 2005, foi publicado o Decreto Presidencial nº 5.584, que dispôs sobre o recolhimento, sob a coordenação da Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Vana Rousseff, dos documentos arquivísticos públicos que estavam sob a custódia da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN.
A transferência dos documentos produzidos e recebidos pelos extintos Conselho de Segurança Nacional - CSN, Comissão Geral de Investigações - CGI e Serviço Nacional de Informações - SNI, para o Arquivo Nacional, foi realizada em 21 de dezembro de 2005.
Nesse contexto de reconstrução da memória recente do país, em 2006, o Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, propôs a elaboração de um plano de ação para a implementação, pelo Governo Federal, de um Centro de Memória das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985), capaz de reunir, de forma sistemática, dados e informações sobre o acervo arquivístico e bibliográfico referente ao tema da repressão e da resistência política no Brasil, entre as décadas de 1960 e 1980. A proposta retomava a idéia formulada, no início de 2005, pelo então Ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Dessas ações e propostas resultou a criação do Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985), coordenado pelo Arquivo Nacional, órgão subordinado à Casa Civil da Presidência da República.
O Centro funcionará como espaço de convergência e difusão de informações sobre a repressão e a resistência à ditadura militar no Brasil.


MEMÓRIAS REVELADAS é o Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985) institucionalizado pela Casa Civil da Presidência da República e implantado no Arquivo Nacional.
O Centro tem por objetivo geral tornar-se um pólo difusor de informações contidas nos registros documentais sobre as lutas políticas no Brasil, nas décadas de 1960 a 1980. Nele, fontes primárias e secundárias serão gerenciadas e colocadas à disposição do público, incentivando a realização de estudos, pesquisas e reflexões sobre o período.
Este Centro integra a Casa Civil da Presidência da República ao esforço nacional para a implementação e consolidação de políticas públicas voltadas para a gestão, organização, preservação e divulgação do patrimônio documental do país, valorizando a memória como um direito humano fundamental.
Memórias Reveladas funcionará como pólo catalisador de projetos e iniciativas de inúmeras entidades públicas e privadas existentes no país, realizando um trabalho apartidário de interlocução com as organizações que têm objetivos similares, respeitando princípios de jurisdição documental e partilhando procedimentos e resultados.
A ação do Centro promoverá:
  • o fortalecimento das instituições arquivísticas públicas, transformando-as em espaços de cidadania, aptas a receberem os documentos públicos e privados de interesse público sobre a ação repressora do Estado brasileiro nas décadas de 1960 a 1980.
  • o recenseamento de arquivos de interesse para o tema, produzidos e acumulados por órgãos e entidades da Administração Pública, bem como por pessoas e entidades de direito privado, em todo o território nacional, visando à sua localização, identificação, quantificação, organização, preservação e acesso.
  • o intercâmbio de dados e informações com programas congêneres, em especial na América Latina.
O Centro, enquanto gestor de um sistema de informações, integrado a outros sistemas, deverá trabalhar com:
  • informações, reservando a custódia física dos documentos às diferentes entidades (arquivos, bibliotecas, centros de memória, museus, universidades e pessoas físicas) que já a detêm, dentro de suas respectivas esferas de jurisdição;
  • bancos de dados elaborados pelo próprio Centro ou pelas entidades a ele conectadas;
  • documentos microfilmados e/ou digitalizados, de modo a permitir acesso a seu conteúdo integral (uma vez liberados de dispositivos de classificação) via Internet, a partir dos servidores de rede do Arquivo Nacional, gestor do Centro, ou das próprias instituições parceiras custodiadoras dos originais, que possuam os recursos tecnológicos disponíveis para este fim, integradas ao Portal do Centro .
O Centro adotará um conceito amplo de documento, de modo a abranger:
  • arquivos acumulados pelo poder público, em especial os do aparato repressivo do Estado durante a ditadura militar no Brasil;
  • arquivos de entidades privadas e de pessoas físicas que sejam relevantes para a compreensão do período;
  • publicações periódicas que circularam no período estudado, quaisquer que tenham sido as linhas editoriais por elas adotadas;
  • produção musical, literária, teatral, audiovisual e outras manifestações culturais alusivas ao período e à temática do Centro;
  • documentos acumulados pelas comissões nacionais de reparação, anistia, direitos humanos e congêneres, públicas ou privadas;
  • depoimentos, entrevistas, testemunhos e narrativas biográficas dos participantes, obtidos por meio dos recursos da história oral;
  • produção literária e científica relacionada ao tema, como artigos, livros, dissertações e teses;
  • todo e qualquer material, inclusive museológico, que permita a compreensão do período em seus antecedentes e desdobramentos.
São objetivos específicos do Centro:
1. estimular pesquisas, na perspectiva da história, da sociologia, da antropologia, da ciência política e do direito, mediante:
  • controle das fontes primárias e da produção bibliográfica disponíveis;
  • busca de novas fontes documentais;
  • gerenciamento de instrumentos de pesquisa disponíveis e elaboração de novos instrumentos com caráter coletivo.
2. promover amplo acesso às fontes de informação e de conhecimento assim sistematizadas, mediante:
  • criação de uma rede virtual de amplo espectro;
  • montagem de exposições;
  • edição (em suporte-papel ou em meio digital) de obras de referência, estudos monográficos e periódicos, em parceria com outras instituições;
  • confecção, em parceria, de material didático.
3. contribuir para o debate de natureza acadêmica e política sobre o período, mediante:
  • organização de seminários e eventos de caráter interdisciplinar;
  • promoção de concursos monográficos;
  • intercâmbio com instituições congêneres, nacionais e estrangeiras.
Promover o recenseamento de documentos de interesse para o tema produzidos e acumulados por órgãos e entidades da Administração Pública, bem como por pessoas e entidades de direito privado, em todo o território nacional, visando à sua localização, identificação, quantificação e acesso.
Manter no Arquivo Nacional o Banco de Dados Memórias Reveladas que dissemine dados, informações e imagens dos registros documentais, alimentado on-line pelos parceiros do Centro, consolidando a Rede Nacional de Cooperação e Informações Arquivísticas.
Sensibilizar as agências de fomento nacionais, de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipais, para a criação de linhas de financiamento de projetos de organização, microfilmagem e/ou digitalização de fundos e coleções documentais de interesse para o tema, garantindo sua preservação e disponibilidade de consulta; projetos de geração de novos registros, por meio da história oral e da produção de documentários; projetos de divulgação de acervo (exposições e material educativo) e projetos de organização de encontros, concursos monográficos e seminários.
Sensibilizar empresas públicas e privadas, na mesma linha de ação do item anterior, para que venham a patrocinar, com base nas leis de incentivos fiscais do País, projetos de interesse do Centro.
Fomentar a criação, no Arquivo Nacional, de um banco de matrizes dotado dos requisitos necessários à guarda e preservação de documentos audiovisuais, inclusive de microfilmes e masters das representações digitais, viabilizando, dessa forma, a geração de um arquivo de segurança, bem como de cópias digitais a serem disponibilizadas neste Portal, respeitados os parâmetros legais vigentes.
Desenvolver sistema e base de dados para a Bibliografia sobre a Ditadura e a Resistência no Brasil (1964-1985), de modo a permitir a atualização contínua e compartilhada da produção literária e científica (livros, teses, artigos) referente à temática, gerando, inclusive, biblioteca digital com publicações de domínio público, conforme dispositivos da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, sobre direitos autorais.
Instituir um núcleo de depoimentos sonoros e audiovisuais, por meio de programa de história oral, levando em conta a utilização de metodologias adequadas.
Promover concursos monográficos com o objetivo de difundir as fontes documentais referentes à repressão e à resistência política e social durante o regime militar no Brasil (1964-1985) e estimular a produção de conhecimento sobre direitos humanos no país.
Promover exposições itinerantes e material educativo para estimular a reflexão sobre o período e seus desdobramentos na sociedade brasileira contemporânea.
Incentivar o intercâmbio de dados e informações com programas congêneres, em especial na América Latina.


 Entidades Parceiras


A Rede Nacional de Cooperação e Informações Arquivísticas - Memórias Reveladas visa reunir entidades públicas e privadas e pessoas físicas que possuam acervos de interesse da temática das lutas políticas e sociais no período do regime militar no Brasil. Até o momento firmaram termo de parceria as seguintes instituições/pessoas físicas:
Portaria n. 204, de 13 de maio de 2009, assinada pela da Ministra Chefe da Casa Civil: cria o Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil - Memórias Reveladas.  
Portaria Interministerial n. 205, de 13 de maio de 2009: dispõe sobre a realização da chamada pública para apresentação de documentos ou informações produzidos ou acumulados sobre o regime político que vigorou no período de 1 de abril de 1964 a 15 de março de 1985.
Edital de Chamamento Público, n.1/2009, de 13 de maio de 2005, do Diretor-Geral do Arquivo Nacional: torna pública chamada para a apresentação de documentos e informações sobre o período de 1 de abril de 1964 a 15 de março de 1985, que estejam sob posse de pessoas físicas ou jurídicas, servidores públicos e militares.
Portaria n. 40, de 14 de maio de 2009, do Diretor-Geral do Arquivo Nacional: cria o Conselho Consultivo do Memórias Reveladas. Republicada no DOU em 26 de maio de 2009.
Portaria n. 41, de de 14 de maio de 2009, do Diretor-Geral do Arquivo Nacional: cria a Comissão de Altos Estudos do Memórias Reveladas.
Decreto n. 5584, de 18 de novembro de 2005, do Presidente da República: dispõe sobre o recolhimento ao Arquivo Nacional, de documentos arquivísticos públicos sob a custódia da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN.
Projeto de Lei (PL 5228/2009), encaminhado pela Presidência da República ao Congresso Nacional em 5 de maio de 2009: regula o acesso a informações.


Mecenato


Com o objetivo de apoiar financeiramente as atividades do Memórias Reveladas nos estados, a Associação Cultural do Arquivo Nacional apresentou à Comissão Nacional de Incentivo à Cultura do  Ministério da Cultura o "Projeto PRONAC 07-6040 Memórias Reveladas".
Aprovado em 2007, o Projeto permitiu a captação, por intermédio da Lei Rouanet (Lei nº 8.313/91), na modalidade mecenato, dos recursos necessários, principalmente, ao tratamento de acervos estaduais referentes ao Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS) e ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), órgãos centrais no aparato repressor do Regime Militar, que tinham como missão espionar e reprimir  opositores.
Os recursos patrocinados são utilizados para a realização de atividades de tratamento desses acervos, tais como a contratação e o treinamento de equipes, a aquisição de equipamentos e materiais de consumo, de forma a caracterizar o Memórias Reveladas como um investimento na preservação do patrimônio documental do País.
Saiba mais sobre os patrocinadores do Memórias Reveladas e os estados contemplados:
  Projetos apoiados em Minas Gerais, Alagoas, Ceará, Sergipe e Rio Grande do Norte. Leia mais sobre o patrocínio do Banco do Brasil ao Memórias Reveladas.
  Projetos apoiados no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e Goiás
 Projetos apoiados no Maranhão e em São Paulo. Leia mais sobre o patrocínio da Caixa ao Memórias Reveladas. 
 Projeto apoiado no Rio de Janeiro
  Projetos apoiados no Espírito Santo, São Paulo e Paraná






http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_index=1&sid=40



Terça-feira é dia de Villa in concert.  Os próximos concertos estão agendados para os dias 1º, 8, 15 e 19 de dezembro, sempre às 18h30m, no pátio interno do Arquivo Nacional, com entrada franca
 

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Ao atracar no porto do Rio de Janeiro, em junho de 1799, o navio Boa Viagem trazia a bordo a francesa Joana d'Entremeuse, que, "pela sua nação, pela sua viveza, pelo seu caráter insinuante, e pelos seus projetos, e indústria se faz merecedora de ser olhada com circunspecção"

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A publicação contempla parte da coleção de rótulos e marcas de produtos variados, estabelecimentos comerciais e manufaturas, preservados no Arquivo Nacional, e que descrevem um capítulo da história do design e do consumo no Brasil dos últimos anos do século XIX.
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O Diretor-Geral do Arquivo Nacional, prof. Jaime Antunes da Silva, recebeu no dia 06/11/2009, em cerimônia de assinatura de Termo de Doação, manuscritos originais do presidente Getúlio Vargas. Os 682 bilhetes doados à instituição serão tratados e digitalizados e, posteriormente, disponibilizados para consulta do público


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"A região da Banda Oriental do Rio da Prata há muito cobiçada pela sua localização estratégica e pelo seu potencial econômico, foi incorporada ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em julho de 1821", explica em seu Comentário, a pesquisadora Aline Pinto Pereira

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A maior exposição sobre a vida e obra de Heitor Villa-Lobos permanecerá no espaço do Arquivo Nacional do dia 12 de outubro até 05 de janeiro de 2010. Um trem cenográfico - O Trenzinho Caipira - levará os visitantes a uma viagem pelo universo mágico do maestro

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No dia 25 de setembro, a Coordenação Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal recebeu da jornalista Taís Morais a doação de mais de 1000 folhas de arquivos sobre a Guerrilha do Araguaia

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O governo federal começou a veicular campanha nacional para mobilizar a sociedade a reconstruir a história do País durante o período de 1964 a 1985

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Real Academia das Ciências de Lisboa é a nova seção do site O Arquivo Nacional e a História Luso-Brasileira.  O período abrangido é essencialmente o da administração joanina no Brasil . Comentado em texto da historiadora Mariana Lambert, do Arquivo Nacional, o tema também é abordado em quatro matérias na Seção Sala de Aula


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A Comissão Especial de Licitação do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2009, conforme estabelecido no Edital do Concurso n. 1/2009, publicado no DOU em 05 de março de 2009, torna público que foram habilitados dezoito trabalhos, identificados e relacionados pelo pseudônimo, conforme o Regulamento do Edital do Concurso n.1/2009 Leia mais..


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Notícias e Eventos 
Notícias e Eventos
 

O acervo foi doado ao Arquivo Nacional em agosto de 2009 pelo casal Valdo Ruviaro e Yara. Os documentos refletem a fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Partido dos Trabalhadores (PT), bem como a atuação de diversos movimentos populares, em especial os sem-teto, na cidade de São Paulo. Parte do material se refere à atuação dos titulares nas assessorias das prefeituras de Diadema e Campinas

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Em cartaz na instituição entre dezembro de 2008 e abril de 2009, a exposição abordou o período de quase um século durante o qual foi consolidada, em meio a inúmeros conflitos, a ideia de país.
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Em comemoração aos 220 anos do movimento revoltoso de Minas Gerais, a Conjuração mineira de 1789, foi lançado o novo tema do sitio O Arquivo Nacional e a história luso-brasileira

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Com a presença do cônsul geral da Itália, Umberto Malnati, que deu início aos trabalhos, foi realizada no dia 07 de abril, no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, a mesa-redonda "A Imigração Italiana no Brasil", com a participação do diretor do Arquivo Central de Roma, Professor Aldo Ricci, recebido pelo diretor-geral do Arquivo Nacional, Professor Jaime Antunes da Silva, e pelo diretor do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, doutor Rubens Piovano. Leia mais..

O Arquivo Nacional está disponibilizando para consulta online neste portal e em meio eletrônico na sua sede, no Rio de Janeiro, e na Coordenação Regional, em Brasília, os textos das Atas do Conselho de Segurança Nacional do período 1934-1975 Leia mais..


No dia 23 de janeiro Emilia Lobato, representando Cecília Beatriz Levy da Veiga Soares, Presidente da Associação Ser Cidadão e Iolanda Silva, desta mesma associação, participaram de solenidade de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre o Arquivo Nacional e a Ser Cidadão.
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As invasões francesas em Portugal são o tema mais recente na seção A Corte no Brasil do sitio O Arquivo Nacional e a história luso-brasileira.
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Nesse período a linha de pesquisa O Arquivo Nacional e a História Luso-brasileira desenvolveu diversas ações que incluem exposições, publicações, seminários, apresentação de trabalhos, atendimento ao público externo, apoio a outras áreas da Instituição, fomento a matérias jornalísticas sobre temas afins, além da própria difusão dos produtos por meio de mídia impressa e televisiva.

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Primeiro colocado no Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2005, o trabalho acaba de ser publicado. 
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Segundo colocado no Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2005, o trabalho acaba de ser publicado.
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50 anos de desenvolvimento nacional Getúlio Vargas Café Filho JK Jânio Quadros João Goulart Castelo Branco Costa e Silva Médici Geisel Figueiredo Sarney Collor Itamar Fernando Henrique Cardoso Saiba mais sobre as imagens


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50 anos de desenvolvimento nacional
 

Getúlio Vargas
Café Filho
JK
Jânio Quadros
João Goulart
Castelo Branco
Costa e Silva
Médici
Geisel
Figueiredo
Sarney
Collor
Itamar
Fernando Henrique Cardoso
Saiba mais sobre as imagens



50 anos de desenvolvimento nacional
Esta exposição tem por objetivo exibir imagens que sintetizam 50 anos de desenvolvimento nacional, com ênfase nos aspectos econômicos que marcaram o período. As últimas cinco décadas, especialmente as de 1950 a 1980, assinalam a passagem de um Brasil predominantemente agrícola a um Brasil urbano, industrial e de serviços. Foram anos de ampla industrialização e de autonomia da indústria nacional, modificações na estrutura da produção agrícola, incremento da urbanização, popularização dos meios informáticos, desenvolvimento tecnológico e de uma substituição lenta e gradual de um Estado forte e atuante na economia para um Estado regulador, aspecto expresso visivelmente nos processos de desestatização e privatização ocorridos na última década. Em todos estes anos é visível a presença do BNDES, não apenas como instituição especializada no apoio financeiro a projetos de investimento essenciais à modernização da economia brasileira, mas, principalmente, como um dos agentes condutores da política econômica.
O BNDES foi criado em 20 de junho de 1952; com o nome de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico - BNDE, após inúmeros estudos sobre os problemas e as perspectivas da economia brasileira e o papel a ser reservado às empresas estatais e à iniciativa privada, visando superar os obstáculos que emperravam o ritmo do desenvolvimento nacional. Esse debate, ocorrido nas décadas de 1930 e 1940, envolveu instituições governamentais, entidades privadas e personalidades como o empresário Roberto Simonsen e o professor Eugênio Gudin.
Os antecedentes mais próximos à criação do Banco remontam às atividades da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. Organizada em 1950, a Comissão elaborou uma série de recomendações às autoridades governamentais destacando-se a necessidade da criação de um organismo, com características distintas de todos os outros, capaz de gerenciar uma rede de amplos e complexos projetos de investimento. Criou-se então o BNDE, ao qual foi conferida a responsabilidade de gerir o Fundo de Reaparelhamento Econômico, instituído poucos meses antes; de administrar e garantir os créditos em moeda estrangeira comprometidos com o Programa de Reaparelhamento Econômico; e de preparar, analisar e financiar projetos de investimento.
A criação do Banco deve ser vista como parte das medidas promovidas pelo novo governo de Getúlio Vargas, iniciado em 31 de janeiro de 1951. Estas medidas destinavam-se a incentivar o desenvolvimento econômico nacional, priorizando a industrialização, e incluíam investimentos públicos no sistema de transportes e de energia, com a abertura de um crédito externo de 500 milhões de dólares, além da ampliação da oferta de energia para o Nordeste, o equacionamento do problema do carvão nacional, o reequipamento da marinha mercante e do sistema portuário. Neste modelo de desenvolvimento adotado por Vargas, chamado de 'nacionalista', importava de fato, substituir as importações, cabendo ao Estado controlar a infra-estrutura e a indústria básica, ficando as outras áreas da atividade econômica nas mãos das empresas privadas nacionais.
A gestão de Juscelino Kubitschek, os chamados anos JK, se caracterizou como um período de otimismo gerado pela estabilização econômica. Aquilo que o jargão da propaganda oficial chamou de ‘cinqüenta anos em cinco' estava consubstanciado no Plano de Metas, que possuía 31 objetivos, distribuídos por 6 temas: energia, transportes, alimentação, indústrias de base, educação e a construção de Brasília, a meta-síntese. Na prática, o governo de Juscelino representou a substituição do modelo 'nacionalista' de Getúlio Vargas por uma política 'nacional-desenvolvimentista', que agregava à uma ampla atividade do Estado nos setores de infra-estrutura, a empresa privada nacional e o incentivo a entrada de capitais estrangeiros, com ênfase na industrialização. Para viabilizar o Plano de Metas foi fundamental a integração entre o BNDE e o Conselho de Desenvolvimento. Ao BNDE coube, juntamente com a Comissão Econômica para a América Latina - CEPAL, formular os estudos que orientaram os investimentos a serem realizados. O Banco também atuou no Conselho ocupando a secretaria executiva e participando dos grupos de trabalho, cabendo-lhe o papel de agente financiador de projetos e administrador dos recursos.
O balanço da atuação do BNDE ao final do governo Juscelino é francamente positivo: até dezembro de 1960, havia firmado contratos para o financiamento de 133 projetos, teve suas fontes de recursos ampliadas e espalhou-se em vários campos de atuação.
O curto governo de Jânio Quadros ficou marcado pela redução dos subsídios às importações numa tentativa de reequilibrar a balança comercial, o que credenciou o governo junto ao Fundo Monetário Internacional a renegociar a dívida externa brasileira. A situação financeira que Jânio anunciara como terrível agravou-se na gestão de João Goulart, o que o levou a lançar o Plano Trienal que propunha uma combinação entre crescimento econômico, reformas sociais e combate à inflação prevendo a reforma agrária, a redução dos gastos públicos, mas não dos investimentos. O plano econômico - que não havia tido o apoio dos setores influentes da sociedade - acabou fracassando em meados de 1963, tornando-se fator decisivo para o movimento que culminou no golpe de 64.
A política econômica adotada pelo regime militar tratou, logo de início, de aparelhar a máquina de Estado, controlando seus gastos, reduzir o déficit público e aumentar a arrecadação de impostos. Entre 1969 e 1973, período conhecido como o 'milagre brasileiro', houve um extraordinário desenvolvimento da economia nacional, devido em grande parte a taxas relativamente baixas de inflação e um investimento considerável de capital estrangeiro, especialmente na indústria automobilística, que liderou o crescimento industrial. Expansão do comércio exterior, diversificação das exportações e aumento da capacidade de arrecadar tributos também são aspectos representativos da política econômica do período capitaneada pelo ministro da Fazenda Delfim Neto. Mas, os anos do milagre são, também, anos de escassos investimentos em programas sociais e de projetos grandiosos de estradas e obras, alguns mal sucedidos, como é o caso da rodovia Transamazônica. No governo Geisel o II Plano Nacional de Desenvolvimento tratou de incentivar os investimentos das empresas privadas na produção de bens de capital, contando, para este objetivo, com o sistema de incentivos e créditos do BNDE. Na prática, a política econômica acabou por colocar nas mãos das grandes estatais - como a Petrobras e a Eletrobras - a responsabilidade pela industrialização nacional. Os últimos anos do regime militar - especialmente 1981-1983 - foram de recessão, declínio do Produto Interno Bruto e alta da inflação. Em 1982, o Banco, ampliando o seu campo de atuação, passou a incorporar o S de Social, o que representou uma nova vertente, a de investimentos em inúmeros programas sociais.
A gestão de José Sarney ficou marcada, no campo econômico, pela política adotada pelo ministro da Fazenda, Dílson Funaro - nomeado quando presidia o BNDES. O mentor do Plano Cruzado, batizado em função da criação de uma nova moeda, buscava a todo custo conter a inflação, congelando preços e salários. Mas, o fracasso do Plano Cruzado e os anos difíceis que se seguiram - com o retorno da inflação e baixas taxas de crescimento econômico - não modificaram o perfil eficiente do BNDES. Ao longo da década de 1980, o Banco registrou lucros em suas operações e apresentou baixas despesas administrativas, mantendo papel relevante no financiamento de projetos governamentais, aportando recursos para o metrô do Rio de Janeiro, para a etapa final da hidrelétrica de Itaipu e para a modernização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos.
Com a eleição de Fernando Collor de Melo, em março de 1990, um novo modelo econômico e de gestão do Estado foi formulado, abrindo espaço para a discussão sobre o papel do BNDES. Naquele momento, o Banco vocacionou-se para o financiamento das exportações brasileiras e da capacitação tecnológica bem como o saneamento de empresas estatais para fins de privatização.
Das linhas de atuação do Banco formuladas em 1990, a participação nos processos de privatização foi a sua marca mais consistente: a série de privatizações iniciada com a da Usiminas, em 1991, seguida da Companhia Siderúrgica Nacional e do setor petroquímico, em 1992, deu novamente ao Banco o papel de condutor da política econômica, papel que seria reforçado na gestão de Fernando Henrique Cardoso. Como instrumento da ação do governo, o BNDES participou nos últimos anos do financiamento do gasoduto Brasil-Bolívia, das hidrovias dos rios Madeira e Araguaia-Tocantins, das obras do metrô do Rio de Janeiro e São Paulo e do porto de Sepetiba. Essa vertente, no entanto, não reduziu a importância do Banco no comando do processo de privatização, com destaque para o restante do setor petroquímico, a Companhia Vale do Rio Doce e as companhias estatais e bancos de propriedade dos governos estaduais. O balanço destes 50 anos de atuação do Banco aponta para a característica que melhor o define a de ser um dos principais agentes do desenvolvimento nacional.
Maria do Carmo Teixeira Rainho
Curadora da exposição


Participação em Organismos e Programas Internacionais 
 
Projeto Interpares
Projeto InterPARES - International Research on Permanent Authentic Records in Electronic System  (Pesquisa Internacional sobre Documentos Arquivísticos Autênticos em Sistemas Eletrônicos), coordenado pela University of British Columbia, Canadá, tem desenvolvido conhecimento teórico-metodológico essencial para a preservação de longo prazo de documentos arquivísticos digitais autênticos. O projeto teve início em 1999 e, atualmente, encontra-se em sua terceira fase.
O Projeto InterPARES é integrado por uma equipe de professores e pesquisadores da Europa, Ásia, África e Américas, de diferentes disciplinas como ciência e tecnologia da informação, arquivologia, biblioteconomia, direito e história.
A primeira fase do projeto, InterPARES 1, teve como objetivo identificar requisitos conceituais para avaliar e manter a autenticidade dos documentos digitais "tradicionais" produzidos e recebidos no curso das atividades administrativas e legais. Esta fase, iniciada em 1999 e concluída em 2001, gerou diversos produtos como: requisitos conceituais para avaliar a autenticidade dos documentos arquivísticos digitais; modelos de processos de seleção e preservação de documentos arquivísticos digitais autênticos; glossário; sítio na Internet e a publicação intituladaThe long term preservation of authentic electronic records: findings of InterPARES Project.
Em sua segunda fase, denominada InterPARES 2, realizada no período de 2002 a 2006, o projeto teve por foco documentos arquivísticos digitais gerados no contexto de atividades artísticas, científicas e governamentais, em sistemas experimentais, interativos e dinâmicos . Nesta fase os produtos gerados foram: base de dados de terminologia; modelos conceituais de preservação; registro e análises de diversos esquemas de metadados; diretrizes para produção, manutenção e preservação de documentos digitais autênticos e um conjunto de estratégias voltadas para a preservação de documentos digitais de longo prazo.
No ano de 2007 teve início a terceira fase do projeto, agora denominada InterPARES 3, com término previsto para o ano de 2012. Esta fase tem por objetivo capacitar programas e organizações (públicas ou privadas), responsáveis pela produção e manutenção de documentos arquivísticos digitais, a desenvolver estratégias de preservação e acesso de longo prazo a esses documentos. Para tanto será aplicado o conhecimento teórico-metodológico desenvolvidos nas duas primeiras fases.
O projeto InterPARES 3 passou a contar com a participação de dois países latino-americanos, Brasil e México. O TEAM Brasil foi criado em 2007, por ocasião do Seminário Internacional de Especialistas de Gestão e Preservação de Documentos Digitais e contou com a presença do coordenador do projeto InterPARES, da Universidade de British Columbia, Mr. Randy Preston.
O TEAM Brasil é coordenado pelo Arquivo Nacional, e conta com a participação de instituições que atuam como parceiras de teste, além de pesquisadores acadêmicos, profissionais e colaboradores.
Caberá às instituições parceiras selecionar objetos de estudo nos quais será aplicado o conhecimento teórico-metodológico desenvolvido pelo InterPARES. Integram esses objetos de estudo os sistemas eletrônicos que produzem e preservam os documentos digitais, bem como os próprios documentos, no contexto da sua confiabilidade, autenticidade, e acesso e preservação ao longo do tempo.
Para cada instituição parceira será criado um conjunto específico de planos de ação Tais planos serão devidamente analisados e comparados no âmbito de todos os TEAMs do InterPARES 3. Em seguida serão apresentados aos produtores e/ou preservadores de documentos arquivísticos digitais de todos os TEAMs, modelos de preservação de seus documentos.
Em relação aos pesquisadores do TEAM Brasil, estes serão responsáveis pelo estudo de temas específicos no âmbito teórico-metodológico do InterPARES, bem como pelo acompanhamento dos estudos das instituições parceiras.
Um dos resultados previstos na implementação do Projeto InterPares 3 nos paises participantes, será a elaboração de um conjunto de módulos orientados tanto para o treinamento de pessoal em instituições arquivísticas, como para cursos de graduação em Arquivologia.
Mais informações sobre o projeto InterPARES podem ser obtidas no sítiohttp://www.interpares.org/ .
Sobre o TEAM Brasil entre em contato com preservacaodigital@arquivonacional.gov.br.



Nação Brasílica: 180 anos de Independência
Há 180 anos o príncipe d. Pedro proclamava a independência do Brasil. Brasileiros e portugueses representaram naquele momento o confronto entre América e Europa, nação e colônia, novo e antigo. Esse período, considerado de pacífica transição, conferindo uma identidade ao Império, é, apesar disso, marcado por uma intensa movimentação política, que se prolongaria até o fim da Regência, na década de 1840. A independência foi uma resposta à tentativa de restauração do vínculo colonial, revelando contradições de ordem material, mas foi também produto das idéias ilustradas, portadora de um conteúdo simbólico, vivido na América como um todo.
Mas esse não foi apenas o tempo da política. A primeira metade do século XIX foi marcada pela afluência ao Brasil de um contingente de cientistas, artistas, exploradores, diplomatas. Esse grupo heterogêneo, a que chamamos viajantes, puderam, cessadas as proibições metropolitanas e as guerras napoleônicas, conhecer essa parte do Novo Mundo. Entre 1810 e 1850 um grande número de viajantes chegou ao Brasil. Franceses, ingleses e alemães podiam ser vistos no alto das montanhas, arredores das cidades, entre as quais destaca-se a capital, coletando animais, plantas, fazendo-se representar nas paisagens, criando cenários da vida urbana e rural. A literatura por eles gerada, além de inventariar a natureza e a geografia do Novo Mundo, alimentou teorias sobre o meio ambiente, o caráter de seus habitantes e o imaginário de um público ávido pelo gênero, legando, ainda, um patrimônio imagético e uma extrema valorização das características naturais do país.
Muitas vezes as viagens eram patrocinadas, como foi o caso da Missão Austríaca, que acompanhou a Imperatriz Leopoldina e que teve, entre seus membros mais ilustres, o pintor Thomas Enders e os naturalistas Carl Friedrich von Martius e Johan Baptist von Spix. Dava-se continuidade, assim, a um processo desencadeado com a presença no Rio de Janeiro, da corte de d. João VI, com a Missão Artística Francesa, que procurava atrair para o país os signos da cultura européia.
Assinalar os 180 anos da independência significa, principalmente, conhecermos um período que é o da disputa travada em torno da identidade e da unidade da monarquia em uma sociedade escravista e também da tentativa de apreensão da variedade e extensão de um mundo que os viajantes procuraram enfrentar e traduzir. As imagens, livros e manuscritos aqui expostos descrevem, antes de tudo, uma trajetória que é, em si, o próprio acontecimento, qual seja, de elaboração contínua da nossa experiência como Nação, tantas vezes reiniciada em torno da idéia do novo.
Cláudia Beatriz Heynemann


O mundo luso-brasileiro
 

Expansão marítima portuguesa
O Brasil holandês e a Restauração de Portugal
Aldeias indígenas, Inconfidência e idéias ilustradas
Marquês de Pombal e Período Joanino
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Estampas do Rio
 

Rio moderno e colonial
Largo da Carioca, Praça Mauá, Praça Paris
Sagrado e profano
Comércio de rua/Esplanada do Castelo
Rio dos modernos/Manifestações políticas
Bares, bondes e paisagens
Favela/Copacabana/Pão de Açúcar
Território do Vazio/Esportes
Centro/Barra da Tijuca/Copacabana/Ipanema
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Imagens da mulher brasileira
Desde o final do século XIX, a vida das mulheres vem sofrendo profundas e irremediáveis transformações. No Brasil, esse processo se inicia com uma sociabilidade marcada pela exteriorização da mulher que, aos poucos, começa a se expor nos salões, nos teatros, nas recepções oficiais, nas ruas comerciais das cidades. É claro que isto se refere à mulher da boa sociedade; negras e brancas pobres sempre estiveram presentes nas ruas: eram quitandeiras, negras de tabuleiros, vendedoras de toda a sorte de produtos.

A partir das primeiras décadas do século XX importantes conquistas são feitas pelas mulheres que, sem deixar de lado o esperado papel de esposa e mãe, começam a ocupar espaço no mundo do trabalho e a ter mais acesso à educação formal, conseguindo também contestar em artigos e crônicas as teses referentes à inferioridade feminina. Aos poucos, outras lutas se impõem: romper o monopólio masculino em algumas profissões, participar de concursos públicos, exigir o direito de votar e ser votada. Estas são algumas das reivindicações que se tornaram conquistas nas décadas de 1920 e 1930.

Nos anos 40 e 50 são outras as preocupações femininas. Naquele momento, era a liberalidade dos costumes que se desejava. Casar, sobretudo virgem, ainda era imperativo. Ter filhos e manter o casamento também. Desquites e separações eram malvistos, mas os padrões de comportamento começavam a mudar: a praia já estava incorporada à vida das cidades, as atrizes de cinema e do teatro de revista estabeleciam gostos e modas ousadas, as calças compridas começavam lentamente a ser adotadas.

A década de 60 trouxe a pílula, a minissaia, e um feminismo engajado nas discussões de temas como aborto, virgindade, desquite, divórcio, igualdade de direitos em todos os sentidos. Um novo ritmo separava as mulheres desta geração das outras: eram tempos de rock and roll.
Muitas reivindicações tornaram-se conquistas como é o caso do divórcio e da participação política. Outras se mantiveram e/ou se aprofundaram e ainda hoje suscitam discussões e polêmicas como é o caso da liberação do aborto. São algumas destas lutas, conquistas, mudanças e permanências que estão presentes na exposição Imagens da Mulher Brasileira na qual são enfocados temas como infância, relações afetivas, maternidade, família, moda, educação, trabalho, lutas pelos direitos e emancipação, participação política, entre outros. Organizada pelo Arquivo Nacional, com o patrocínio do BNDES, a mostra foi inaugurada em 1996 e, a partir de então, itinerou por diversas capitais como Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre, tendo estado em muitas ocasiões associada a outros eventos relativos ao tema.

Estas fotos, que exibem mulheres anônimas e famosas, ajudam a contar uma história da mulher dentro de um universo marcadamente masculino. Afinal, uma história das mulheres é também uma história de homens e de como se distinguem e se misturam papéis, poderes, silêncios e palavras.

Maria do Carmo Teixeira Rainho
Curadora


Imagens da mulher brasileira
 

Infância
Casais/Casamento
Maternidade
Família
Velhice
Padrão estético
Educação
Trabalho
Lutas/emancipação
Sociabilidade
 




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