Laboratórios, construção e aviação têm muito a perder
Diversos setores da economia têm custos que serão bastante impactados com a escalada da inflação neste e no próximo ano. As fabricantes de papel (como Suzano e Klabin) estão entre eles. Cerca de 30% das despesas do setor são com pessoal e 13% com energia - e ambas estão sob pressão inflacionária. As empresas que constroem casas populares (como a MRV, da foto ao lado) também serão especialmente atingidas, na visão do Itaú BBA. Não há ajuste de preços entre o momento em que o comprador fecha o negócio e a entrega dos imóveis. Muitos empreendimentos deixarão de se enquadrar no programa Minha Casa, Minha Vida caso a alta das despesas seja repassada ao consumidor final. Além disso, a inflação corrói o poder de consumo dos compradores. Já os laboratórios de diagnósticos médicos (como Fleury e Dasa) sairão perdendo porque as operadoras de planos (seus principais clientes) não costumam permitir reajustes para os serviços na mesma medida da inflação. Já os custos com pessoal e aluguel de imóveis tendem a superar o IPCA. As empresas de educação (como Anhanguera, Estácio, Kroton e SEB) devem sofrer as mesmas pressões com aluguel e salários. Nesse caso, entretanto, será a forte concorrência no setor que deve limitar o repasse do aumento dos custos. Por último, o Itaú BBA acredita que as empresas aéreas (Gol e TAM) serão fortemente afetadas pelos mesmos motivos das empresas de educação e diagnósticos clínicos.
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