segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

GDF_AUD_TRIBUT_BRASILIA_2010_2011_R$_16.000_http://inscricao.universa.org.br/ProcessoSeletivo.aspx?id=83fd7d

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS


2.1. DIREITO TRIBUTÁRIO: 1. Direito tributário. 1.1. Conceito. 1.2. Fontes do direito tributário.

2. Receitas públicas. 2.1. Receitas tributárias. 3. Sistema tributário nacional. 3.1. Classificação.

3.2. Previsão constitucional. 4. Competência tributária. 5. Limitações constitucionais do

poder de tributar. 5.1. Imunidades. 5.2. Princípios constitucionais tributários. 6. Tributos. 6.1.

Conceito. 6.2. Espécies de tributos. 6.3. Classificação dos tributos. 7. Normas constitucionais e

gerais aplicáveis aos tributos da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios. 8. Legislação tributária. 8.1. Constituição federal. 8.2. Emendas à constituição. 8.3.

Lei Orgânica do Distrito Federal. 8.4. Leis Complementares. 8.5. Leis Ordinárias. 8.6. Leis

Delegadas. 8.7. Medidas Provisórias. 8.8. Tratados Internacionais. 8.9. Decretos. 8.10. Resoluções

8.11. Decretos Legislativos 8.12. Convênios 8.13. Normas Complementares. 9. Vigência da

legislação tributária. 10. Aplicação da legislação tributária. 11. Interpretação e integração da

legislação tributária. 12. Obrigação tributária principal e acessória. 13. Fato gerador da obrigação

tributária. 14. Sujeição ativa e passiva. 14.1. Solidariedade. 14.2. Capacidade tributária. 15.

Domicílio tributário. 16. Responsabilidade tributária. 17. Responsabilidade dos sucessores. 18.

Responsabilidade de terceiros. 19. Responsabilidade por infrações. 20. Crédito tributário. 20.1.

Constituição do crédito tributário. 21. Lançamento. 21.1. Efeitos. 21.2. Modalidades de lançamento.

21.3. Hipóteses de alteração do lançamento. 22. Suspensão da exigibilidade do crédito

tributário. Modalidades. 23. Exclusão do crédito tributário. Modalidades. 24. Extinção do crédito

tributário. Modalidades. 25. Pagamento indevido. 25.1. Repetição do indébito. 26. Garantias e

privilégios do crédito tributário. 27. Administração Tributária. 27.1. Fiscalização. 27.2. Competência.

28. Dívida ativa. 28.1. Certidões negativas. 29. Informações fiscais e sigilo fiscal.

2.2. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA:1. Legislação tributária básica do Distrito Federal: 1.1. Lei

Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do Orçamento do Distrito Federal). 1.2.

Código Tributário do Distrito Federal (Lei Complementar nº. 4/94). 1.3. Processo Administrativo

Fiscal Contencioso e Voluntário do Distrito Federal (Lei nº. 657/94 e Decreto nº. 16.106/94). 2.

Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços

de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações - ICMS: 2.1. Lei do ICMS (Lei

nº. 1.254/96). 2.2. RICMS - Regulamento do ICMS (Decreto nº. 18.955/97) e seus Anexos. 3.

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS: 3.1. Lei do ISS (Lei Complementar nº. 687/

2003). 3.2. RISS - Regulamento do ISS (Decreto nº. 25.508/2005). 4. IPTU - Imposto sobre a

Propriedade Predial e Territorial Urbana (Decreto nº. 28.445/2007). 5. IPVA - Imposto sobre a

Propriedade de Veículos Automotores: 5.1. Lei do IPVA (Lei nº. 7.431/85). 5.2. Regulamento do

IPVA (Decreto nº. 16.099/94). 6. ITCD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação

de Bens e Direitos. 6.1. Lei do ITCD (Lei nº. 10/88). 6.2. Regulamento do ITCD (Decreto nº.

16.116/94). 7. Imposto sobre a Transmissão “Inter Vivos” de Bens Imóveis e de Direitos a eles

Relativos – ITBI: 7.1. Lei do ITBI (Lei nº. 3.830/2006). 7.2. Regulamento do ITBI (Decreto nº.

27.576/2006). 8. Taxa de Limpeza Pública - TLP (Lei nº. 6.945/81). 9. Parcelamento de créditos

de natureza tributária e não tributária de titularidade do Distrito Federal (Lei Complementar nº.

432/2001). 10. Atualização monetária dos créditos de natureza tributária e não tributária do

Distrito Federal (Lei Complementar nº. 435/2001). 11. Legislação Federal aplicável ao Distrito

Federal: 11.1. Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a Lei Complementar

Distrital nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 11.2. Lei Complementar

Federal nº. 87/96. 11.3. Lei Complementar Federal nº. 24/75 (Concessão ou Revogação de Benefícios

e Incentivos Fiscais do ICMS). 11.4. Lei Complementar Federal nº. 116/2003. 11.5. Lei

Complementar Federal nº. 123/2006 - Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de

Pequeno Porte (Capítulos I – Disposições Preliminares; II - Da Definição de Microempresa e de

Empresa de Pequeno Porte; III - Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI

– Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e Transitórias). 12. Legislação

Diversa: 12.1. Lei Complementar Federal nº. 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal –

ECF). 12.2. Ajuste SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). 12.3. Decreto nº. 26.529/

2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal Eletrônico). 12.4. Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº.

29.396/2008 e Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). 12.5. Lei nº. 9.784/99,

aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 2.834/2001.

2.3. AUDITORIA: 1. Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos. 2. Distinção

entre auditoria interna, independente e auditoria tributária. 3. Desenvolvimento do plano de

auditoria. 4. Procedimentos de auditoria e suas aplicações. 5. Testes de auditoria: de observância,

substantivos. 6. Amostragem estatística: tipos de amostragem, tamanho da amostra, risco

de amostragem, seleção da amostra, avaliação do resultado do teste. 7. Presunção de omissão de

receitas: ativos ocultos ou fictícios, passivos ocultos ou fictícios, saldo credor na conta caixa,

suprimentos não comprovados, diferenças em levantamentos quantitativos por espécie, diferenças

em levantamentos econômicos ou financeiros, omissão do registro de pagamentos efetuados.

8. Auditoria em áreas específicas das demonstrações contábeis: Caixa e Bancos, Clientes,

Estoques, Imobilizado, Fornecedores.

2.4. CONTABILIDADE GERAL E DE CUSTOS: 1. Contabilidade geral: 1.1. Contabilidade:

conceituação, objetivos, campo de atuação e usuários da informação contábil. 1.2. Princípios e

normas contábeis brasileiras emanadas pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade. 1.3.

Componentes do patrimônio: ativo, passivo e patrimônio líquido - conceitos, forma de avaliação

e evidenciação. 1.4. Variação do patrimônio líquido: receita, despesa, ganhos e perdas. 1.5. Apuração

dos resultados - conceitos, forma de avaliação e evidenciação. 1.6. Escrituração contábil:

método das partidas dobradas. Contas patrimoniais e de resultado. Contabilização de operações

típicas de empresas mercantis: compra, venda e alterações de valores de compra e venda. 1.7.

Tratamento contábil dos estoques de mercadorias - conceitos e forma de avaliação. Tipos de

inventários. 1.8. Apuração do custo das mercadorias vendidas e do resultado com mercadorias.

1.9. Escrituração contábil das operações e prestações sujeitas à incidência do ICMS e/ou ISS.

1.10. Demonstração do resultado do exercício: conteúdo e forma de apresentação. Apuração e

procedimentos contábeis para a identificação do resultado do exercício. Custo dos produtos

vendidos. Tratamento contábil e apuração dos resultados dos itens operacionais e não-operacionais.

1.11. Demonstração das mutações do patrimônio líquido: conteúdo, itens evidenciáveis e

forma de apresentação. 1.12. Demonstração de origens e aplicações de recursos: conceitos envolvidos,

itens componentes, forma de evidenciação. 1.13. Demonstração de caixa: conceitos, principais

componentes, formas de apresentação, critérios e métodos de elaboração e interligação com

o conjunto das demonstrações contábeis obrigatórias. 1.14. Demonstração do valor adicionado:

conceitos, principais componentes, formas de apresentação e critérios de elaboração. 2. Contabilidade

de custos: 2.1. Custo: conceito, classificação, sistemas, formas de produção, formas de

custeio, sistemas de controle de custo e nomenclaturas aplicáveis a custos. 2.2. Custeio por

absorção e custeio variável. 2.3. Custeio e controle dos materiais diretos. 2.4. Custeio, controle,

tratamento contábil da mão-de-obra direta e indireta. 2.5. Custeio, tratamento contábil e custos

indiretos de fabricação. Critérios de rateio. 2.6. Análise das relações custo/volume/lucro.

2.5. ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS: 1. Conceitos fundamentais de economia. Teoria

de equilíbrio do mercado. Fatores que influenciam a oferta e a procura por bens e serviços. Efeitos

de deslocamentos das curvas de procura e oferta. Elasticidades - preço da procura e da oferta.

Elasticidade - renda da procura. 2. Teoria da produção. Custos de produção. Curva de oferta. 3.

Equilíbrio da firma nas estruturas de mercado, no curto prazo, em concorrência perfeita, concorrência

monopolística, oligopólio e monopólio. 4. Função de custo: curto e longo prazo, custo fixo

e variável. Custo marginal e custo médio. Incidência do imposto sobre vendas no mercado de

concorrência perfeita. 5. Teoria do consumidor. Preferências. Curvas de indiferença. Limitação

orçamentária. Equilíbrio do consumidor. Classificação de bens: normais, inferiores, bens de giffen,

substitutos e complementares. Excedente do consumidor. 6. Fatores de produção. Função de

produção e suas propriedades. Isoquantas. Elasticidade de substituição. Rendimentos de fator,

rendimentos de escala. Curvas de isocusto. 7. Conceitos básicos de contabilidade nacional. Deflacionamento

do produto. Contas nacionais do Brasil. 8. Teoria de determinação da renda. Renda

nacional de equilíbrio. 9. Noções sobre as teorias de inflação. Inflação de demanda. Inflação de

custos. Inflação inercial. Inflação monetária. 10. Economia do setor público. Políticas fiscal,

monetária e cambial e as funções do Estado. Efeitos da atuação do Estado na economia. 11.

Sistema tributário como instrumento de distribuição de renda. Princípios de tributação. Impostos

regressivos e progressivos. Impostos sobre consumo em cascata e sobre valor adicionado. Impacto

da carga tributária na atividade econômica e na distribuição de renda. 12. Conceito de déficit

público: a dívida pública no Brasil. Política fiscal: equilíbrio orçamentário; estabilização da moeda.

13. Federalismo fiscal: políticas e critérios de distribuição de receitas e encargos entre as

esferas do governo. Pacto federativo e as políticas públicas. 14. Tópicos da Lei de Responsabilidade

Fiscal: princípios, objetivos, efeitos no planejamento e no processo orçamentário; limites

para a despesa de pessoal; limites para dívida; “regra de ouro” (Constituição da República, art.

167, III); mecanismos de transparência fiscal. Renúncia de receita. Geração de despesas. Transferências

voluntárias: conceito, requisitos. Destinação de recursos para o setor privado: requisitos,

vedações. Relatórios de gestão fiscal e resumido da execução orçamentária. Transparência e

fiscalização da gestão fiscal. 15. Fundo Constitucional do Distrito Federal
 
 
 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2010 – AUDITOR


TRIBUTÁRIO, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2010

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS E FORMAÇÃO DE

CADASTRO RESERVA NO CARGO DE AUDITOR TRIBUTÁRIO

ANEXO I – OBJETOS DE AVALIAÇÃO

1. CONHECIMENTOS GERAIS

1.1. LÍNGUA PORTUGUESA: 1. Compreensão e intelecção de textos. 2. Tipologia textual. 3.

Coesão e coerência. 4. Figuras de linguagem. 5. Ortografia. 6. Acentuação gráfica. 7. Emprego do

sinal indicativo de crase. 8. Formação, classe e emprego de palavras. 9. Sintaxe da oração e do

período. 10. Pontuação. 11. Concordância nominal e verbal. 12. Colocação pronominal. 13.

Regência nominal e verbal. 14. Equivalência e transformação de estruturas. 15. Paralelismo sintático.

16. Relações de sinonímia e antonímia.

1.2. MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA: 1. Estruturas lógicas. 2. Lógica de argumentação. 3.

Diagramas lógicos. 4. Álgebra. 5. Combinações, arranjos e permutação. 6. Matrizes, determinantes

e solução de sistemas lineares. 7. Probabilidade, variáveis aleatórias, principais distribuições

de probabilidade. 8. Estatística descritiva, amostragem, teste de hipóteses e análise de regressão.

9. Medidas de posição. 10. Medidas de dispersão. 11. Teorema de Chebyshev. 12. Juros simples

e compostos, taxas de juros, desconto, equivalência de capitais, anuidades e sistemas de amortização.

13. Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de raciocínio matemático

que envolvam, entre outros, conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades,

problemas envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal; conjuntos numéricos

complexos; números e grandezas proporcionais; razão e proporção; divisão proporcional;

regra de três simples e composta; porcentagem.

1.3. DIREITO CONSTITUCIONAL: 1. Constituição. Conceito. Classificação. Aplicabilidade

e interpretação das normas constitucionais. 2. Poder constituinte. Conceito, finalidade, titularidade

e espécies. Reforma da constituição. Cláusulas pétreas. 3. Supremacia da constituição.

Controle de constitucionalidade. Sistemas de controle de constitucionalidade. Ação direta de

inconstitucionalidade. Ação declaratória de constitucionalidade. Arguição de descumprimento

de preceito fundamental. 4. Conceitos de teoria do Estado. Princípios do Estado Democrático

de Direito. 5. Princípios fundamentais da constituição brasileira. 6. Organização dos poderes

do Estado. Conceito de Poder: separação, independência e harmonia. 7. Administração pública:

princípios constitucionais. Disposições gerais e servidores públicos civis. 8. Direitos e garantias

fundamentais: direitos e deveres individuais, coletivos, sociais, políticos e nacionalidade.

Tutela constitucional das liberdades: mandado de segurança, habeas corpus, habeas data, ação

popular, mandado de injunção e direito de petição. Ação civil pública. 9. Da ordem Econômica

e Financeira: princípios gerais da atividade econômica. Sistema financeiro nacional. 10. Lei

Orgânica do Distrito Federal. Fundamentos da Organização dos Poderes. Poder Legislativo.

Poder Executivo. Administração Pública.

1.4. DIREITO ADMINISTRATIVO: 1. Conceito e fontes do direito administrativo. Natureza

e fins da administração. Agentes da administração. 2. Princípios básicos da administração:

legalidade, moralidade, impessoalidade, finalidade, publicidade, eficiência. 3. Poderes e deveres

do administrador público. Poderes administrativos: poder vinculado e poder discricionário,

poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia. 4. Atos administrativos.

Conceitos e requisitos. Classificação. Espécies. Validade. Formalidade. Motivação. Revogação.

Anulação. Modificação. Extinção. Controle de legalidade. 5. Servidores públicos.

Classificação e regime jurídico. Normas constitucionais sobre o regime jurídico dos servidores

públicos. 6. Cargos públicos. Provimento em cargo público. Direitos e vantagens dos servidores

públicos. Deveres e responsabilidades. Sindicância e processo administrativo (Lei n. 8.112,

de 11/12/1990, atualizada, aplicável ao Distrito Federal, no que couber, por força da Lei

Distrital nº 197/91). 7. Responsabilidade civil do Estado. Ação de indenização. Ação regressiva.

8. Controle da administração pública: conceito. Tipos e formas de controle. Controle interno e

externo. Controle prévio, concomitante e posterior. Controle parlamentar. Controle pelos Tribunais

de Contas. Controle jurisdicional. Meios de controle jurisdicional. 9. Constituição

Federal: Título III, Capítulo VII – Da Administração Pública. 10. Improbidade administrativa

(Lei Federal nº. 8.429/1992). Imperícia, negligência e fraude. 11. Código de ética dos servidores

da carreira auditoria tributária (Lei Distrital nº 845/1994).

1.5. DIREITO CIVIL: 1. Lei de introdução ao código civil: vigência e revogação da norma, conflito

de normas no tempo e no espaço, preenchimento de lacuna jurídica. 2. Pessoa natural: conceito,

capacidade e incapacidade, começo e fim, direitos da personalidade. 3. Pessoa jurídica: conceito,

classificação, começo e fim de sua existência legal, desconsideração. 4. Fatos jurídicos. Ato

jurídico. Negócio jurídico: conceito, classificação, elementos essenciais gerais e particulares, elementos

acidentais, defeitos, nulidade absoluta e relativa, conversão no negócio nulo. Prescrição e

decadência. 5. Ato ilícito. Abuso de direito. 6. Direito das coisas. Posse. Efeitos da posse.

Propriedade. Direitos reais sobre coisas alheias. 7. Teoria geral das obrigações. Direito das obrigações.

Modalidades das obrigações. As formas de extinção das obrigações. A inexecução das

obrigações. Transmissão das obrigações. Fontes das obrigações. 8. Contratos, atos unilaterais e

responsabilidade civil. Responsabilidade contratual e extracontratual. Teoria geral dos contratos.

Contratos em espécie. 9. Direito das sucessões. Sucessão em geral. Sucessão legítima. Sucessão

testamentária. Regimes de bens entre cônjuges. Inventário e partilha.

1.6. DIREITO EMPRESARIAL: 1. Empresa. Empresário. Estabelecimento. 2. Microempresa e

empresa de pequeno porte. 3. Prepostos. Escrituração. 4. Conceito de sociedades. Sociedades

não personificadas e personificadas. Sociedade simples. 5. Classificação das sociedades empresárias.

Desconsideração da personalidade jurídica. Sociedades contratuais. Tipos sociais. Operações

societárias. Dissolução e liquidação de sociedades. 6. Recuperação judicial e extrajudicial.

Falência. Classificação creditória. 7. Teoria geral dos títulos de crédito. Classificação dos títulos

de crédito. Títulos em espécie. Protesto. 8. Princípios de teoria geral dos contratos mercantis.

Tipos contratuais mercantis. 9. O comércio eletrônico.

1.7. DIREITO PENAL: 1. Da aplicação da lei penal. 2. Do crime. 3. Lei n. 8.137, de 27/12/1990:

Capítulo I, Seção II – Dos Crimes Contra a Ordem Tributária: Dos Crimes Praticados por

Funcionários Públicos. 4. Código Penal Brasileiro: Título XI – Dos Crimes Contra a Administração

Pública – Capítulos I, II, II-A – arts. 312 a 337-D. 5. Regime disciplinar dos servidores

públicos civis da União: Lei nº. 8.112/90, aplicável ao DF, no que couber. 6. Lei nº. 8.429, de 02/

Nº 215, quinta-feira, 11 de novembro de 2010 Diário Oficial do Distrito Federal PÁGINA 55

6/1992 – Lei da Improbidade Administrativa.

1.8. INFORMÁTICA: 1.Conceitos fundamentais de informática. 2. Conceitos básicos de segurança

da informação. 3. Conceitos básicos de rede. 4. Gerenciadores de banco de dados. 4.1.

Estrutura. 4.2. Tabelas. 4.3. Relacionamentos. 4.4. Consultas. 4.5. Importação e exportação de

informações. 4.6. Formulários. 4.7. Relatórios.

2. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2.1. DIREITO TRIBUTÁRIO: 1. Direito tributário. 1.1. Conceito. 1.2. Fontes do direito tributário.

2. Receitas públicas. 2.1. Receitas tributárias. 3. Sistema tributário nacional. 3.1. Classificação.

3.2. Previsão constitucional. 4. Competência tributária. 5. Limitações constitucionais do

poder de tributar. 5.1. Imunidades. 5.2. Princípios constitucionais tributários. 6. Tributos. 6.1.

Conceito. 6.2. Espécies de tributos. 6.3. Classificação dos tributos. 7. Normas constitucionais e

gerais aplicáveis aos tributos da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios. 8. Legislação tributária. 8.1. Constituição federal. 8.2. Emendas à constituição. 8.3.

Lei Orgânica do Distrito Federal. 8.4. Leis Complementares. 8.5. Leis Ordinárias. 8.6. Leis

Delegadas. 8.7. Medidas Provisórias. 8.8. Tratados Internacionais. 8.9. Decretos. 8.10. Resoluções

8.11. Decretos Legislativos 8.12. Convênios 8.13. Normas Complementares. 9. Vigência da

legislação tributária. 10. Aplicação da legislação tributária. 11. Interpretação e integração da

legislação tributária. 12. Obrigação tributária principal e acessória. 13. Fato gerador da obrigação

tributária. 14. Sujeição ativa e passiva. 14.1. Solidariedade. 14.2. Capacidade tributária. 15.

Domicílio tributário. 16. Responsabilidade tributária. 17. Responsabilidade dos sucessores. 18.

Responsabilidade de terceiros. 19. Responsabilidade por infrações. 20. Crédito tributário. 20.1.

Constituição do crédito tributário. 21. Lançamento. 21.1. Efeitos. 21.2. Modalidades de lançamento.

21.3. Hipóteses de alteração do lançamento. 22. Suspensão da exigibilidade do crédito

tributário. Modalidades. 23. Exclusão do crédito tributário. Modalidades. 24. Extinção do crédito

tributário. Modalidades. 25. Pagamento indevido. 25.1. Repetição do indébito. 26. Garantias e

privilégios do crédito tributário. 27. Administração Tributária. 27.1. Fiscalização. 27.2. Competência.

28. Dívida ativa. 28.1. Certidões negativas. 29. Informações fiscais e sigilo fiscal.

2.2. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA:1. Legislação tributária básica do Distrito Federal: 1.1. Lei

Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do Orçamento do Distrito Federal). 1.2.

Código Tributário do Distrito Federal (Lei Complementar nº. 4/94). 1.3. Processo Administrativo

Fiscal Contencioso e Voluntário do Distrito Federal (Lei nº. 657/94 e Decreto nº. 16.106/94). 2.

Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços

de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações - ICMS: 2.1. Lei do ICMS (Lei

nº. 1.254/96). 2.2. RICMS - Regulamento do ICMS (Decreto nº. 18.955/97) e seus Anexos. 3.

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS: 3.1. Lei do ISS (Lei Complementar nº. 687/

2003). 3.2. RISS - Regulamento do ISS (Decreto nº. 25.508/2005). 4. IPTU - Imposto sobre a

Propriedade Predial e Territorial Urbana (Decreto nº. 28.445/2007). 5. IPVA - Imposto sobre a

Propriedade de Veículos Automotores: 5.1. Lei do IPVA (Lei nº. 7.431/85). 5.2. Regulamento do

IPVA (Decreto nº. 16.099/94). 6. ITCD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação

de Bens e Direitos. 6.1. Lei do ITCD (Lei nº. 10/88). 6.2. Regulamento do ITCD (Decreto nº.

16.116/94). 7. Imposto sobre a Transmissão “Inter Vivos” de Bens Imóveis e de Direitos a eles

Relativos – ITBI: 7.1. Lei do ITBI (Lei nº. 3.830/2006). 7.2. Regulamento do ITBI (Decreto nº.

27.576/2006). 8. Taxa de Limpeza Pública - TLP (Lei nº. 6.945/81). 9. Parcelamento de créditos

de natureza tributária e não tributária de titularidade do Distrito Federal (Lei Complementar nº.

432/2001). 10. Atualização monetária dos créditos de natureza tributária e não tributária do

Distrito Federal (Lei Complementar nº. 435/2001). 11. Legislação Federal aplicável ao Distrito

Federal: 11.1. Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a Lei Complementar

Distrital nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 11.2. Lei Complementar

Federal nº. 87/96. 11.3. Lei Complementar Federal nº. 24/75 (Concessão ou Revogação de Benefícios

e Incentivos Fiscais do ICMS). 11.4. Lei Complementar Federal nº. 116/2003. 11.5. Lei

Complementar Federal nº. 123/2006 - Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de

Pequeno Porte (Capítulos I – Disposições Preliminares; II - Da Definição de Microempresa e de

Empresa de Pequeno Porte; III - Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI

– Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e Transitórias). 12. Legislação

Diversa: 12.1. Lei Complementar Federal nº. 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal –

ECF). 12.2. Ajuste SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). 12.3. Decreto nº. 26.529/

2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal Eletrônico). 12.4. Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº.

29.396/2008 e Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). 12.5. Lei nº. 9.784/99,

aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 2.834/2001.

2.3. AUDITORIA: 1. Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos. 2. Distinção

entre auditoria interna, independente e auditoria tributária. 3. Desenvolvimento do plano de

auditoria. 4. Procedimentos de auditoria e suas aplicações. 5. Testes de auditoria: de observância,

substantivos. 6. Amostragem estatística: tipos de amostragem, tamanho da amostra, risco

de amostragem, seleção da amostra, avaliação do resultado do teste. 7. Presunção de omissão de

receitas: ativos ocultos ou fictícios, passivos ocultos ou fictícios, saldo credor na conta caixa,

suprimentos não comprovados, diferenças em levantamentos quantitativos por espécie, diferenças

em levantamentos econômicos ou financeiros, omissão do registro de pagamentos efetuados.

8. Auditoria em áreas específicas das demonstrações contábeis: Caixa e Bancos, Clientes,

Estoques, Imobilizado, Fornecedores.

2.4. CONTABILIDADE GERAL E DE CUSTOS: 1. Contabilidade geral: 1.1. Contabilidade:

conceituação, objetivos, campo de atuação e usuários da informação contábil. 1.2. Princípios e

normas contábeis brasileiras emanadas pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade. 1.3.

Componentes do patrimônio: ativo, passivo e patrimônio líquido - conceitos, forma de avaliação

e evidenciação. 1.4. Variação do patrimônio líquido: receita, despesa, ganhos e perdas. 1.5. Apuração

dos resultados - conceitos, forma de avaliação e evidenciação. 1.6. Escrituração contábil:

método das partidas dobradas. Contas patrimoniais e de resultado. Contabilização de operações

típicas de empresas mercantis: compra, venda e alterações de valores de compra e venda. 1.7.

Tratamento contábil dos estoques de mercadorias - conceitos e forma de avaliação. Tipos de

inventários. 1.8. Apuração do custo das mercadorias vendidas e do resultado com mercadorias.

1.9. Escrituração contábil das operações e prestações sujeitas à incidência do ICMS e/ou ISS.

1.10. Demonstração do resultado do exercício: conteúdo e forma de apresentação. Apuração e

procedimentos contábeis para a identificação do resultado do exercício. Custo dos produtos

vendidos. Tratamento contábil e apuração dos resultados dos itens operacionais e não-operacionais.

1.11. Demonstração das mutações do patrimônio líquido: conteúdo, itens evidenciáveis e

forma de apresentação. 1.12. Demonstração de origens e aplicações de recursos: conceitos envolvidos,

itens componentes, forma de evidenciação. 1.13. Demonstração de caixa: conceitos, principais

componentes, formas de apresentação, critérios e métodos de elaboração e interligação com

o conjunto das demonstrações contábeis obrigatórias. 1.14. Demonstração do valor adicionado:

conceitos, principais componentes, formas de apresentação e critérios de elaboração. 2. Contabilidade

de custos: 2.1. Custo: conceito, classificação, sistemas, formas de produção, formas de

custeio, sistemas de controle de custo e nomenclaturas aplicáveis a custos. 2.2. Custeio por

absorção e custeio variável. 2.3. Custeio e controle dos materiais diretos. 2.4. Custeio, controle,

tratamento contábil da mão-de-obra direta e indireta. 2.5. Custeio, tratamento contábil e custos

indiretos de fabricação. Critérios de rateio. 2.6. Análise das relações custo/volume/lucro.

2.5. ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS: 1. Conceitos fundamentais de economia. Teoria

de equilíbrio do mercado. Fatores que influenciam a oferta e a procura por bens e serviços. Efeitos

de deslocamentos das curvas de procura e oferta. Elasticidades - preço da procura e da oferta.

Elasticidade - renda da procura. 2. Teoria da produção. Custos de produção. Curva de oferta. 3.

Equilíbrio da firma nas estruturas de mercado, no curto prazo, em concorrência perfeita, concorrência

monopolística, oligopólio e monopólio. 4. Função de custo: curto e longo prazo, custo fixo

e variável. Custo marginal e custo médio. Incidência do imposto sobre vendas no mercado de

concorrência perfeita. 5. Teoria do consumidor. Preferências. Curvas de indiferença. Limitação

orçamentária. Equilíbrio do consumidor. Classificação de bens: normais, inferiores, bens de giffen,

substitutos e complementares. Excedente do consumidor. 6. Fatores de produção. Função de

produção e suas propriedades. Isoquantas. Elasticidade de substituição. Rendimentos de fator,

rendimentos de escala. Curvas de isocusto. 7. Conceitos básicos de contabilidade nacional. Deflacionamento

do produto. Contas nacionais do Brasil. 8. Teoria de determinação da renda. Renda

nacional de equilíbrio. 9. Noções sobre as teorias de inflação. Inflação de demanda. Inflação de

custos. Inflação inercial. Inflação monetária. 10. Economia do setor público. Políticas fiscal,

monetária e cambial e as funções do Estado. Efeitos da atuação do Estado na economia. 11.

Sistema tributário como instrumento de distribuição de renda. Princípios de tributação. Impostos

regressivos e progressivos. Impostos sobre consumo em cascata e sobre valor adicionado. Impacto

da carga tributária na atividade econômica e na distribuição de renda. 12. Conceito de déficit

público: a dívida pública no Brasil. Política fiscal: equilíbrio orçamentário; estabilização da moeda.

13. Federalismo fiscal: políticas e critérios de distribuição de receitas e encargos entre as

esferas do governo. Pacto federativo e as políticas públicas. 14. Tópicos da Lei de Responsabilidade

Fiscal: princípios, objetivos, efeitos no planejamento e no processo orçamentário; limites

para a despesa de pessoal; limites para dívida; “regra de ouro” (Constituição da República, art.

167, III); mecanismos de transparência fiscal. Renúncia de receita. Geração de despesas. Transferências

voluntárias: conceito, requisitos. Destinação de recursos para o setor privado: requisitos,

vedações. Relatórios de gestão fiscal e resumido da execução orçamentária. Transparência e

fiscalização da gestão fiscal. 15. Fundo Constitucional do Distrito Federal.

Candidato: antonio marcos gasparin Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES URBANAS – ESPECIALIDADE: CONTROLE Instituição:

1.2. NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1. Teoria Geral do Estado. 2. Os


poderes do Estado e as respectivas funções. 3. Teoria geral da Constituição: conceito,

origens, conteúdo, estrutura e classificação. 4. Supremacia da Constituição. 5. Tipos de

constituição. 6. Poder constituinte. 7. Princípios constitucionais. 8. Interpretação da Constituição

e Controle de Constitucionalidade. Normas constitucionais e inconstitucionais. 9.

Emenda, reforma e revisão constitucional. 10. Análise do princípio hierárquico das normas.

11. Princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988. 12. Direitos e garantias

fundamentais. 13. Organização do Estado político-administrativo. 14. Administração Pública

na Constituição Federal de 1988 (arts. 37 a 41). 15. Organização dos Poderes. 16. A

fiscalização contábil, financeira e orçamentária. 17. O Controle Externo e os Sistemas de

Controle Interno. 18. As Políticas Públicas na Constituição Federal de 1988. 19. O Distrito

Federal no Direito Constitucional. 20. Poder Legislativo. 21. A fiscalização contábil,

financeira e orçamentária. 22. O Controle Externo e os Sistemas de Controle Interno no

Distrito Federal. 23. Poderes Executivo e Judiciário. 24. Tribunal de Contas do Distrito

Federal. 25. Lei Orgânica do Distrito Federal.

1.3. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 1. Conceito, objeto e fontes do Direito

Administrativo. 2. Regime Jurídico-Administrativo: princípios do Direito Administrativo

brasileiro. 3. Organização administrativa do Distrito Federal: administração direta e

indireta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, e sociedades de economia

mista. 4. Teoria do órgão: aplicação no Direito Administrativo. 5. Competência administrativa:

conceito e critério de distribuição. Avocação e delegação de competências. Ausência

de competência: agente de fato. 6. Poderes e deveres dos membros da Administração

Pública. 7. Atos administrativos: conceito, requisitos, elementos, pressupostos e classificação;

vinculação e discricionariedade; revogação, convalidação e invalidação. 8. Controle

dos atos administrativos. 9. Licitação: conceito, modalidades, princípios; objeto e normas

gerais. 10. Contratos administrativos: conceito e interpretação. Reequilíbrio econômicofinanceiro.

Teoria do fato do príncipe e Teoria da Imprevisão aplicada ao Direito Administrativo.

11. Agentes Públicos. Servidores públicos: classificação e características. Regimes

jurídicos funcionais: único, estatutário, e de cargo público. 12. Normas constitucionais

concernentes aos servidores públicos. 13. Cargo público: conceito e espécies. 14. Provimento,

Estabilidade, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição. Concurso público.

15. Regime Disciplinar dos Servidores Públicos do Distrito Federal (Lei nº 8.112/1990,

aplicável ao Distrito Federal, no que couber, por força da Lei Distrital nº 197/1991). 16.

Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992). 17. Abuso de autoridade (Lei nº

4.898/1965). 18. Serviço público. Conceito e classificação, regulamentação e controle,

direitos do usuário. 19. Permissão e Autorização. 20. Convênios e consórcios administrativos.

21. Regimes de parcerias. Organizações Sociais. Organizações da Sociedade

Civil de Interesse Público. 22. Domínio público: conceito e classificação dos bens públicos;

administração, utilização e alienação dos bens públicos; imprescritibilidade, impenhorabilidade

e não oneração dos bens públicos; aquisição de bens pela Administração.

23. Responsabilidade civil da Administração: evolução doutrinária; responsabilidade civil

da Administração no Direito brasileiro; ação de indenização; ação regressiva. 24.

Processo Administrativo no âmbito do Distrito Federal (Lei Federal nº 9.784/1999, recepcionada

pela Lei Distrital nº 2.834/2001).

1.4. NOÇÕES DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO. 1. Orçamento. Conceito

e espécies. Natureza jurídica. Princípios orçamentários. Normas gerais de direito financeiro

(Lei nº 4.320/1964). Fiscalização e controle interno e externo dos orçamentos. 2.

Receita pública. Conceito. Ingressos e receitas. Classificação: receitas originárias e receitas

derivadas. Preço público e sua distinção com a taxa. Manual de Procedimento da

Receita Pública. 3. Dívida ativa de natureza tributária e não-tributária. 4. Direito tributário:

conceito e princípios. Tributo: conceito e espécies. Normas gerais de direito tributário.

5. Sistema Tributário Nacional. Competência Tributária. Limitações Constitucionais

do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. Imunidade. 6. Obrigação

tributária: conceito; espécies; fato gerador (hipótese de incidência); sujeitos ativo e

passivo; solidariedade; capacidade tributária; domicílio tributário. 7. Lei nº 8.137/1990.

8. Código Tributário do Distrito Federal (Lei complementar nº 4/1994 e alterações). 9.

Lei nº 657/1994 e alterações.

1.5. ATUALIDADES. Domínio de tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como:

desenvolvimento sustentável, ecologia, tecnologia, energia, política, economia, sociedade, transporte,

trânsito, relações internacionais, educação, saúde, segurança, geografia do Distrito Federal,

artes e literatura com suas vinculações históricas.

2. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2.1. CARGO: AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES URBANAS – ESPECIALIDADE:

TRANSPORTES (CÓDIGO 101)

1. Capítulo I do Título VII da Constituição Federal/1988. 2. Lei de Licitações e Contratos

da Administração Pública (Lei nº 8.666/1993 e alterações). 3. Lei de concessões e permissões

(Lei nº 8.987/1995). 4. Lei Antitruste (Lei nº 8.884/1994). 5. Código de Trânsito

Brasileiro (Lei nº 9.503/1997). 6. Resolução nº 316/2009, do CONTRAN. 7. Código Penal:

Dos Crimes contra a Administração Pública; Dos Crimes Praticados por Funcionário Público

Contra a Administração em Geral; Dos Crimes Praticados por Particular Contra a

Administração em Geral e Dos Crimes contra as Finanças Públicas. 8. Lei nº 8.137/1990.

9. Serviços de Transporte Público Coletivo integrantes do Sistema de Transporte do Distrito

Federal (Lei nº 4.011/2007). 10. Regulamento do Sistema de Transporte Público

Coletivo do Distrito Federal aprovado pelo Decreto nº 30.584/2009. 11. Código Disciplinar

Unificado do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal (Lei n°

3.106/2002). 12. Lei nº 239/1992 e alterações. 13. Decreto nº 17.161/1996. 14. Serviço de

transporte de passageiros e bens em veículo de aluguel a taxímetro (Lei nº 4.056/2007). 15.

Passe Livre Estudantil nas modalidades de transporte público coletivo (Lei 4.462/2010 e

alterações). 16. Gratuidade no uso do Serviço Básico do Sistema de Transporte Público do

Distrito Federal (Decreto nº 29.245/2008). 17. Regulamento do sistema de bilhetagem

automática do sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal aprovado pelo

Decreto 31.083/2009.

2.2. CARGO: AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES URBANAS – ESPECIALIDADE: CONTROLE

AMBIENTAL (CÓDIGO 102)

1. Capítulo VI do Título VII da Constituição Federal/1988. 2. Código Penal: Dos Crimes

contra a Administração Pública; Dos Crimes Praticados por Funcionário Público Contra a

Administração em Geral; Dos Crimes Praticados por Particular Contra a Administração em

Geral e Dos Crimes contra as Finanças Públicas. 3. Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/

1998). 4. Regulamentação da Lei de Crimes Ambientais (Decreto nº 6.514/2008). 5. Código

Florestal (Lei nº 4.771/1965 e alterações). 6. Lei nº 6.938/1981 e alterações. 7. Decreto nº

99.274/1990. 8. Lei nº 41/1989. 9. Regulamento da Lei nº 41/1989 aprovado pelo Decreto nº

12.960/1990. 10. Lei nº 414/1993. 11. Decreto nº 14.783/1993. 12. Decreto nº 23.510/2002.

13. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (Lei nº 9.985/2000

e Decreto nº 4.340/2002). 14. Reciclagem de resíduos sólidos no Distrito Federal (Lei nº 462/

1993). 15. Lei nº 1.393/1997. 16. Lei nº 1.728/1997. 17. Lei nº 1.869/1998. 18. Lei n° 4.092/

2008. 19. Lei n° 4.329/2009. 20. Resoluções CONAMA: 237/1997; 273/2000; 275/2001;

284/2001; 302/2002; 303/2002; 319/2002; 334/2003; 357/2005; 358/2005; 362/2005; 369/

2006; 371/2006; 375/2006; 377/2006; 378/2006; 380/2006; 384/2006; 385/2006; 396/2008;

397/2008; 412/2009; 413/2009; 420/2009; 425/2010.

55 indicações de filmes sobre política

Check out this SlideShare Presentation:

DECRETO Nº 6.944, DE 21 DE AGOSTO DE 2009. Estabelece medidas organizacionais para o aprimoramento da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, dispõe sobre normas gerais relativas a concursos públicos, organiza sob a forma de sistema as atividades de organização e inovação institucional do Governo Federal, e dá outras providências

DECRETO Nº 6.944, DE 21 DE AGOSTO DE 2009.

Estabelece medidas organizacionais para o aprimoramento da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, dispõe sobre normas gerais relativas a concursos públicos, organiza sob a forma de sistema as atividades de organização e inovação institucional do Governo Federal, e dá outras providências.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:


CAPÍTULO I



DAS MEDIDAS PARA O FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE INSTITUCIONAL



Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 1o Para fins deste Decreto, considera-se fortalecimento da capacidade institucional o conjunto de medidas que propiciem aos órgãos ou entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional a melhoria das suas condições de funcionamento, compreendendo as de caráter organizacional, que lhes proporcionem melhor desempenho no exercício de suas competências institucionais, especialmente na execução dos programas do Plano Plurianual - PPA.



§ 1o As medidas de fortalecimento da capacidade institucional observarão as seguintes diretrizes:



I - organização da ação governamental por programas;



II - eliminação de superposições e fragmentações de ações;



III - aumento da eficiência, eficácia e efetividade do gasto e da ação administrativa;



IV - orientação para resultados;



V - racionalização de níveis hierárquicos e aumento da amplitude de comando;



VI - orientação para as prioridades de governo; e



VII - alinhamento da proposta apresentada com as competências da organização e os resultados que se pretende alcançar.



§ 2o O fortalecimento da capacidade institucional será alcançado por intermédio:



I - da criação e transformação de cargos e funções, ou de sua extinção, quando vagos;



II - da criação, reorganização e extinção de órgãos e entidades;



III - da realização de concursos públicos e provimento de cargos e empregos públicos;



IV - da aprovação e revisão de estrutura regimental e de estatuto;



V - do remanejamento ou redistribuição de cargos e funções públicas; e



VI - da autorização para contratação temporária de excepcional interesse público, nos termos da Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993.



Art. 2o As propostas sobre matéria de que trata o § 2o do art. 1o serão encaminhadas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e, quando couber, submetidas à apreciação da Casa Civil da Presidência da República, nos termos do disposto no Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002, e deverão conter:



I - justificativa da proposta, caracterizando-se a necessidade de fortalecimento institucional, demonstrando o seu alinhamento com os resultados pretendidos, em especial no que se refere aos programas do PPA;



II - identificação sucinta dos macroprocessos, produtos e serviços prestados pelos órgãos e entidades; e



III - resultados que se pretende alcançar com o fortalecimento institucional e indicadores para mensurá-los.



Parágrafo único. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão analisará as propostas com base nas diretrizes relacionadas no art. 1o, cabendo-lhe emitir parecer sobre sua adequação técnica e orçamentária, bem como propor ou adotar os ajustes e medidas que forem necessários à sua implementação ou prosseguimento.



Art. 3o O órgão ou entidade deverá apresentar as propostas de que tratam os incisos I e II do § 2o do art. 1o, quando acarretarem aumento de despesa, até o dia 31 de maio de cada exercício, de modo a compatibilizá-las com o projeto de lei orçamentária anual para o exercício subsequente.



Seção II



Dos Documentos e Informações a serem encaminhados



Art. 4o Para avaliação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, as propostas de que trata o § 2o do art. 1o deverão ser acompanhadas dos documentos abaixo relacionados:



I - aviso do Ministro de Estado sob cuja subordinação ou supervisão se encontrar o órgão ou entidade;



II - minuta de exposição de motivos, quando for o caso;



III - minuta de projeto de lei ou decreto, e respectivos anexos, quando for o caso, observado o disposto no Decreto no 4.176, de 2002;



IV - nota técnica da área competente; e



V - parecer da área jurídica.



Art. 5o Quando a proposta acarretar aumento de despesa, em complementação à documentação prevista no art. 4o, deverá ser encaminhada a estimativa do seu impacto orçamentário-financeiro, no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois exercícios subsequentes, observadas as normas complementares a serem editadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.



§ 1o A estimativa de impacto deverá estar acompanhada das premissas e da memória de cálculo utilizadas, elaboradas pela área técnica competente, que deverão conter:



I - o quantitativo de cargos ou funções a serem criados ou providos;



II - os valores referentes a:



a) remuneração do cargo ou emprego, na forma da legislação;



b) encargos sociais;



c) pagamento de férias;



d) pagamento de gratificação natalina, quando for o caso; e



e) demais despesas com benefícios de natureza trabalhista e previdenciária, tais como auxílio-alimentação, auxilio-transporte, auxílio-moradia, indenização de transporte, contribuição a entidades fechadas de previdência, FGTS e contribuição a planos de saúde; e



III - indicação do mês previsto para ingresso dos servidores ou empregados no serviço público.



§ 2o Para efeito da estimativa de impacto deverá ser considerado o valor correspondente a vinte e dois por cento para os encargos sociais relativos ao Plano de Seguridade Social do Servidor Público - PSS e o adicional de um terço de férias a partir do segundo ano de efetivo exercício.



Art. 6o Os órgãos e entidades deverão encaminhar, ainda, outros documentos e informações definidos em ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.



Seção III



Das Estruturas Regimentais, Estatutos e Regimentos Internos dos Órgãos e Entidades



Art. 7o Quando da publicação das estruturas regimentais e dos estatutos dos órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional, para fins de classificação de seus cargos em comissão e funções de confiança, considerar-se-á a nomenclatura padrão e o nível correspondente do cargo ou função, na forma a ser estabelecida em ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.



Art. 8o Na proposta de aprovação ou revisão de suas estruturas regimentais ou estatutos, os órgãos e entidades deverão tomar como referência, para cálculo da despesa com pessoal, o custo unitário efetivo expresso em DAS - Unitário, constante do Anexo I.



Parágrafo único. As disposições estabelecidas no caput não se aplicam às instituições federais de ensino e ao Banco Central do Brasil.



Art. 9o Os órgãos e entidades que decidirem pela edição de regimento interno deverão publicá-lo no Diário Oficial da União, em absoluta consonância com o decreto que aprovar a respectiva estrutura regimental ou estatuto.



§ 1o Poderá haver um único regimento interno para cada Ministério ou órgão da Presidência da República, abrangendo todas as unidades administrativas integrantes de sua estrutura regimental, ou regimentos internos específicos para cada unidade administrativa, a critério do Ministro de Estado correspondente.



§ 2o As autarquias e fundações terão apenas um regimento.



CAPÍTULO II



DO CONCURSO PÚBLICO



Seção I



Das Disposições Gerais



Art. 10. Fica delegada competência ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão para autorizar a realização de concursos públicos nos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e decidir sobre o provimento de cargos e empregos públicos, bem como expedir os atos complementares necessários para este fim.



§ 1o A delegação prevista no caput não se aplica para efeito de ingresso:



I - nas carreiras de Advogado da União, de Procurador da Fazenda Nacional e de Procurador Federal, cujos atos serão praticados pelo Advogado-Geral da União;



II - na carreira de Defensor Público da União, cujos atos serão praticados pelo Defensor Público-Geral; e



III - na carreira de Diplomata, cujos atos serão praticados pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores.



§ 2o Prescinde de autorização do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão o provimento de cargo docente e contratação de professor substituto, observado o limite que cada universidade federal se encontra autorizada a manter em seu quadro docente, conforme norma conjunta dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação.



§ 3o Nas hipóteses dos incisos I a III do § 1o, os atos ali referidos dependerão de manifestação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, emitida previamente à realização do concurso, que confirme a existência de disponibilidade orçamentária para cobrir as despesas com o provimento dos cargos.



Art. 11. Durante o período de validade do concurso público, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá autorizar, mediante motivação expressa, a nomeação de candidatos aprovados e não convocados, podendo ultrapassar em até cinquenta por cento o quantitativo original de vagas.



Art. 12. Excepcionalmente o Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá autorizar a realização de concurso público para formação de cadastro reserva para provimento futuro, de acordo com a necessidade, de cargos efetivos destinados a atividades de natureza administrativa, ou de apoio técnico ou operacional dos planos de cargos e carreiras do Poder Executivo federal.



Art. 13. O concurso público será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuser a lei ou o regulamento do respectivo plano de carreira.



§ 1o Quando houver prova de títulos, a apresentação destes deverá ocorrer em data a ser estabelecida no edital, sempre posterior à da inscrição no concurso, ressalvada disposição diversa em lei.



§ 2o A prova de títulos deverá ser realizada como etapa posterior à prova escrita e somente apresentarão os títulos os candidatos aprovados nas etapas anteriores ou que tiverem inscrição aceita no certame.



§ 3o Havendo prova oral ou defesa de memorial, deverá ser realizada em sessão pública e gravada para efeito de registro e avaliação.



§ 4o A realização de provas de aptidão física exige a indicação no edital do tipo de prova, das técnicas admitidas e do desempenho mínimo para classificação.



§ 5o No caso das provas de conhecimentos práticos específicos, deverá haver indicação dos instrumentos, aparelhos ou das técnicas a serem utilizadas, bem como da metodologia de aferição para avaliação dos candidatos.



§ 6o É admitido, observados os critérios estabelecidos no edital de abertura do concurso, o condicionamento da aprovação em determinada etapa à, simultaneamente, obtenção de nota mínima e obtenção de classificação mínima na etapa.



§ 7o No caso da realização do concurso em duas etapas, a segunda será constituída de curso ou programa de formação, de caráter eliminatório e classificatório, ressalvada disposição diversa em lei específica.



§ 8o Quando o número de candidatos matriculados para a segunda etapa ensejar a formação de mais de uma turma, com início em datas diferentes, o resultado será divulgado por grupo, ao término de cada turma.



Art. 14. A realização de exame psicotécnico está condicionada à existência de previsão legal expressa específica e deverá estar prevista no edital.



§ 1o O exame psicotécnico limitar-se-á à detecção de problemas psicológicos que possam vir a comprometer o exercício das atividades inerentes ao cargo ou emprego disputado no concurso.



§ 2o É vedada a realização de exame psicotécnico em concurso público para aferição de perfil profissiográfico, avaliação vocacional ou avaliação de quociente de inteligência.



Art. 14. A realização de avaliação psicológica está condicionada à existência de previsão legal específica e deverá estar prevista no edital. (Redação dada pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 1o Para os fins deste Decreto, considera-se avaliação psicológica o emprego de procedimentos científicos destinados a aferir a compatibilidade das características psicológicas do candidato com as atribuições do cargo. (Redação dada pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 2o A avaliação psicológica será realizada após a aplicação das provas escritas, orais e de aptidão física, quando houver. (Redação dada pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 3o Os requisitos psicológicos para o desempenho no cargo deverão ser estabelecidos previamente, por meio de estudo científico das atribuições e responsabilidades dos cargos, descrição detalhada das atividades e tarefas, identificação dos conhecimentos, habilidades e características pessoais necessários para sua execução e identificação de características restritivas ou impeditivas para o cargo. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 4o A avaliação psicológica deverá ser realizada mediante o uso de instrumentos de avaliação psicológica, capazes de aferir, de forma objetiva e padronizada, os requisitos psicológicos do candidato para o desempenho das atribuições inerentes ao cargo. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 5o O edital especificará os requisitos psicológicos que serão aferidos na avaliação. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



Art. 14-A. O resultado final da avaliação psicológica do candidato será divulgado, exclusivamente, como “apto” ou “inapto”. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 1o Todas as avaliações psicológicas serão fundamentadas e os candidatos poderão obter cópia de todo o processado envolvendo sua avaliação, independentemente de requerimento específico e ainda que o candidato tenha sido considerado apto. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 2o Os prazos e a forma de interposição de recurso acerca do resultado da avaliação psicológica serão definidos pelo edital do concurso. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 3o Os profissionais que efetuaram avaliações psicológicas no certame não poderão participar do julgamento de recursos. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 4o É lícito ao candidato apresentar parecer de assistente técnico na fase recursal. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



§ 5o Caso no julgamento de recurso se entenda que a documentação e a fundamentação da avaliação psicológica são insuficientes para se concluir sobre as condições do candidato, a avaliação psicológica será anulada e realizado novo exame. (Incluído pelo Decreto nº 7.308, de 2010)



Art. 15. O valor cobrado a título de inscrição no concurso publico será fixado em edital, levando-se em consideração os custos estimados indispensáveis para a sua realização, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas, respeitado o disposto no Decreto no 6.593, de 2 de outubro de 2008.



Art. 16. O órgão ou entidade responsável pela realização do concurso público homologará e publicará no Diário Oficial da União a relação dos candidatos aprovados no certame, classificados de acordo com Anexo II deste Decreto, por ordem de classificação.



§ 1o Os candidatos não classificados no número máximo de aprovados de que trata o Anexo II, ainda que tenham atingido nota mínima, estarão automaticamente reprovados no concurso público.



§ 2o No caso de realização de concurso público em mais de uma etapa, o critério de reprovação do § 1o será aplicado considerando-se a classificação na primeira etapa.



§ 3o Nenhum dos candidatos empatados na última classificação de aprovados serão considerados reprovados nos termos deste artigo.



§ 4o O disposto neste artigo deverá constar do edital de concurso público.



Art. 17. Na autorização do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão para realização de concurso público ou na manifestação de que trata o § 3o do art. 10, será fixado prazo não superior a seis meses para o órgão ou entidade publicar o edital de abertura de inscrições para realização do certame.



§ 1o Para as instituições federais de ensino vinculadas ao Ministério da Educação, o prazo referido no caput será contado a partir da publicação do ato do Ministro de Estado da Educação que realizar a distribuição, entre essas entidades, das vagas autorizadas.



§ 2o Findo o prazo de que trata o caput, sem a abertura de concurso público, ficará sem efeito a autorização concedida pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão ou a manifestação de que trata o § 3o do art. 10.



Seção II



Do Edital do Concurso Público



Art. 18. O edital do concurso público será:



I - publicado integralmente no Diário Oficial da União, com antecedência mínima de sessenta dias da realização da primeira prova; e



II - divulgado no sitio oficial do órgão ou entidade responsável pela realização do concurso público e da instituição que executará o certame, logo após a sua publicação.



§ 1o A alteração de qualquer dispositivo do edital deverá ser publicada no Diário Oficial da União e divulgada na forma do disposto no inciso II.



§ 2o O prazo de que trata o inciso I poderá ser reduzido mediante ato motivado do Ministro de Estado sob cuja subordinação ou supervisão se encontrar o órgão ou entidade responsável pela realização do concurso público.



Art. 19. Deverão constar do edital de abertura de inscrições, no mínimo, as seguintes informações:



I - identificação da instituição realizadora do certame e do órgão ou entidade que o promove;



II - menção ao ato ministerial que autorizar a realização do concurso público, quando for o caso;



III - número de cargos ou empregos públicos a serem providos;



IV - quantitativo de cargos ou empregos reservados às pessoas com deficiência e critérios para sua admissão, em consonância com o disposto nos arts. 37 a 44 do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999;



V - denominação do cargo ou emprego público, a classe de ingresso e a remuneração inicial, discriminando-se as parcelas que a compõem;



VI - lei de criação do cargo, emprego público ou carreira, e seus regulamentos;



VII - descrição das atribuições do cargo ou emprego público;



VIII - indicação do nível de escolaridade exigido para a posse no cargo ou emprego;



IX - indicação precisa dos locais, horários e procedimentos de inscrição, bem como das formalidades para sua confirmação;



X - valor da taxa de inscrição e hipóteses de isenção;



XI - orientações para a apresentação do requerimento de isenção da taxa de inscrição, conforme legislação aplicável;



XII - indicação da documentação a ser apresentada no ato de inscrição e quando da realização das provas, bem como do material de uso não permitido nesta fase;



XIII - enunciação precisa das disciplinas das provas e dos eventuais agrupamentos de provas;



XIV - indicação das prováveis datas de realização das provas;



XV - número de etapas do concurso público, com indicação das respectivas fases, seu caráter eliminatório ou eliminatório e classificatório, e indicativo sobre a existência e condições do curso de formação, se for o caso;



XVI - informação de que haverá gravação em caso de prova oral ou defesa de memorial;



XVII - explicitação detalhada da metodologia para classificação no concurso público;



XVIII - exigência, quando cabível, de exames médicos específicos para a carreira ou de exame psicotécnico ou sindicância da vida pregressa;



XIX - regulamentação dos meios de aferição do desempenho do candidato nas provas, observado o disposto na Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003;



XX - fixação do prazo de validade do concurso e da possibilidade de sua prorrogação; e



XXI - disposições sobre o processo de elaboração, apresentação, julgamento, decisão e conhecimento do resultado de recursos.



Parágrafo único. A escolaridade mínima, e a experiência profissional, quando exigidas, deverão ser comprovadas no ato de posse no cargo ou emprego, vedada a exigência de comprovação no ato de inscrição no concurso público ou em qualquer de suas etapas, ressalvado o disposto em legislação específica.



CAPÍTULO III



DO SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO E INOVAÇÃO INSTITUCIONAL



DO GOVERNO FEDERAL - SIORG



Art. 20. Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a designação de Sistema de Organização e Inovação Institucional do Governo Federal - SIORG, as atividades de desenvolvimento organizacional dos órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Federal, com as seguintes finalidades:



I - uniformizar e integrar ações das unidades que o compõem;



II - constituir rede colaborativa voltada à melhoria da gestão pública;



III - desenvolver padrões de qualidade e de racionalidade;



IV - proporcionar meios para melhorar o desempenho institucional e otimizar a utilização dos recursos disponíveis; e



V - reduzir custos operacionais e assegurar a continuidade dos processos de organização e inovação institucional.



Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, consideram-se funções básicas de organização e inovação institucional:



I - definição das competências dos órgãos e entidades e das atribuições de seus dirigentes;



II - organização e funcionamento da administração federal;



III - estabelecimento de programas de melhoria do desempenho dos órgãos e entidades;



IV - geração, adaptação e disseminação de tecnologias de inovação;



V - racionalização de métodos e processos administrativos;



VI - elaboração de planos de formação, desenvolvimento e treinamento do pessoal envolvido na área de abrangência do sistema; e



VII - disseminação de informações organizacionais e de desempenho da gestão administrativa.



Art. 21. São integrantes do SIORG todas as unidades administrativas incumbidas de atividades de organização e inovação institucional da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo federal, observada a seguinte estrutura:



I - órgão central: o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por intermédio da Secretaria de Gestão;



II - órgãos setoriais: as Secretarias-Executivas ou equivalentes, assessoradas pelas unidades administrativas responsáveis pela área de organização e inovação institucional dos Ministérios e órgãos integrantes da Presidência da República; e



III - órgãos seccionais: diretorias administrativas ou equivalentes, que atuam na área de organização e inovação institucional, nas autarquias e fundações.



§ 1o As unidades setoriais e seccionais do SIORG subordinam-se tecnicamente ao órgão central do Sistema, para os estritos fins deste Decreto, sem prejuízo da subordinação administrativa decorrente de sua posição na estrutura do órgão ou entidade em que se encontrem.



§ 2o Caberá às unidades setoriais a articulação com as unidades seccionais a elas vinculadas, com o objetivo de contribuir para a integração sistêmica do SIORG.



Art. 22. Ao órgão central do SIORG compete:



I - definir, padronizar, sistematizar e estabelecer, mediante a edição de enunciados e instruções, os procedimentos atinentes às atividades de organização e inovação institucional;



II - estabelecer fluxos de informação entre as unidades integrantes do Sistema e os demais sistemas de atividades auxiliares, visando subsidiar os processos de decisão e a coordenação das atividades governamentais;



III - gerar e disseminar tecnologias e instrumental metodológicos destinados ao planejamento, execução e controle das atividades de organização e inovação institucional;



IV - orientar e conduzir o processo de organização e de inovação institucional;



V - analisar e manifestar-se sobre propostas de:



a) criação e extinção de órgãos e entidades;



b) definição das competências dos órgãos e entidades, e das atribuições de seus dirigentes;



c) revisão de categoria jurídico-institucional dos órgãos e entidades;



d) remanejamento de cargos em comissão e funções de confiança;



e) criação, transformação e extinção de cargos e funções; e



f) aprovação e revisão de estrutura regimental e de estatuto



VI - promover estudos e propor a criação, fusão, reorganização, transferência e extinção de órgãos e entidades; e



VII - administrar o cadastro de órgãos e entidades do Poder Executivo Federal.



Art. 23. Às unidades setoriais e seccionais do SIORG compete:



I - cumprir e fazer cumprir as normas de organização e inovação institucional expedidas pelo órgão central;



II - propor ações e sugerir prioridades nas atividades de organização e de inovação institucional da respectiva área de atuação;



III - acompanhar e avaliar os programas e projetos de organização e inovação institucional, informando ao órgão central;



IV - organizar e divulgar informações sobre estrutura regimental, estatuto, normas, rotinas, manuais de orientação, regimentos internos, instruções e procedimentos operacionais;



V - elaborar e rever periodicamente os documentos normativos necessários ao bom andamento das atividades de organização e inovação institucional, segundo padrões e orientação estabelecidos;



VI - normatizar, racionalizar e simplificar instrumentos, procedimentos e rotinas de trabalho;



VII - desenvolver padrões de qualidade e funcionalidade destinados à melhoria do desempenho dos trabalhos e dos serviços prestados; e



VIII - promover ações visando eliminar desperdício de recursos.



Art. 24. O suporte às atividades de organização e inovação institucional contará com um sistema informatizado que conterá o cadastro oficial sobre as estruturas, as competências e os cargos em comissão e funções de confiança dos órgãos e entidades integrantes do SIORG.



Art. 25. Para fins de integração, os sistemas abaixo relacionados deverão utilizar a tabela de órgãos do sistema informatizado de apoio ao SIORG como única referência para o cadastro de órgãos e unidades administrativas:



I - Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE;



II - Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG;



III - Sistema Integrado de Dados Orçamentários - SIDOR;



IV - Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento - SIGPLAN;



V -Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI;



VI - Sistema de Concessão de Passagens e Diárias - SCDP; e



VII - Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática - SISP.



Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se aos sistemas sucedâneos, aos subsistemas destes e aos sistemas de uso corporativo do Poder Executivo Federal que vierem a ser instituídos.



CAPÍTULO IV



DAS DISPOSIÇÕES FINAIS



Art. 26. As propostas submetidas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão , para fins do disposto no § 2o do art. 1o poderão ser devolvidas ao Ministério de origem caso o encaminhamento não obedeça as disposições deste Decreto.



Art. 27. Serão divulgadas por extrato, no sítio eletrônico do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, as demandas de fortalecimento da capacidade institucional enviadas pelos órgãos e entidades, suas justificativas e o impacto orçamentário resultante, quando houver.



Art. 28. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão expedirá os atos complementares necessários à aplicação deste Decreto, cabendo-lhe dirimir as dúvidas porventura existentes.



Art. 29. Aos concursos públicos autorizados até a data da publicação deste Decreto aplicam-se as disposições do Decreto no 4.175, de 27 de março de 2002, e os procedimentos complementares estabelecidos pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.



Parágrafo único. Opcionalmente, o órgão ou entidade poderá aplicar as disposições deste Decreto aos concursos públicos autorizados anteriormente à sua data de publicação.



Art. 30. O art. 8o do Decreto no 5.378, de 23 de fevereiro de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação:



“Art. 8o .................................................................................................................



...................................................................................................................................



III - representantes de órgãos e entidades da administração pública, assim como de entidades privadas com notório engajamento em ações ligadas à qualidade da gestão e à desburocratização, conforme estabelecido pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.



§ 1o Os membros a que se referem o caput, titulares e suplentes, serão indicados pelos dirigentes dos órgãos ou entidades representados e designados pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.



§ 2o O mandato dos membros do Comitê Gestor será de dois anos, permitida a recondução.” (NR)



Art. 31. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.



Art. 32. Ficam revogados:



I - o Decreto no 92.360, de 4 de fevereiro de 1986;



II - o parágrafo único do art. 1o e os arts. 2o a 4o do Decreto no 1.351, de 28 de dezembro de 1994;



III - o Decreto no 3.134, de 10 de agosto de 1999;



IV - o Decreto no 3.716, de 3 de janeiro de 2001;



V - o Decreto no 4.175, de 27 de março de 2002;



VI - o Decreto no 4.567, de 1o de janeiro de 2003;



VII - o Decreto no 4.896, de 25 de novembro de 2003;



VIII - o § 1o do art. 3o do Decreto no 4.748, de 16 de junho de 2003;



IX - o art. 2o e o Anexo II ao Decreto no 5.452, de 1o de junho de 2005;



X - o art. 2o do Decreto no 6.097, de 24 de abril de 2007; e



XI- o Decreto no 6.133, de 26 de junho de 2007.



Brasília, 21 de agosto de 2009; 188o da Independência e 121o da República.



LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Paulo Bernardo Silva



Este texto não substitui o publicado no DOU de 24.8.2009



ANEXO I



QUADRO DE EQUIVALÊNCIA EM DAS-UNITÁRIO



CARGOS DE NATUREZA ESPECIAL



CÓDIGO – NE

CUSTO EM



DAS-UNITÁRIO



Secretários Especiais da Presidência da República

5,44



Comandante da Marinha, Comandante do Exército, Comandante da Aeronáutica

5,40



Secretário-Geral de Contencioso



Secretário-Geral de Consultoria



Presidente da Agência Espacial Brasileira



Demais cargos de Natureza Especial da estrutura da Presidência da República e dos Ministérios



Subdefensor Público-Geral da União

5,28









CARGOS DO GRUPO-DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO

sábado, 9 de outubro de 2010

2010 MP RS

ATRIBUIÇÕES DO CARGO




Síntese dos Deveres: Atividade envolvendo execução de trabalhos

relacionados à organização, controle e manutenção dos serviços de recursos

humanos, administrativos, patrimonial, de finanças e contábil; bem como na

realização de tarefas de apoio aos diversos órgãos da estrutura do Ministério

Público.



Descrição Exemplificativa: Informar pessoas que versem sobre matéria da

Procuradoria-Geral de Justiça e de suas relações com outros órgãos de

acordo com orientação recebida; examinar os documentos que instruem os

processos que versam sobre assuntos administrativos, opinando a respeito

dos mesmos; participar de levantamentos e estudos com vistas à

simplificação de rotinas e reestruturação dos serviços da Procuradoria-

Geral de Justiça; elaborar folhas de pagamento; executar trabalhos de

protocolo, como fichamento e controle de andamento de processos;

examinar e opinar sobre documentação que instrui os processos de

despesa antes da realização da mesma; elaborar, sob orientação, notas de

empenho; efetuar levantamento com vistas à elaboração da proposta

orçamentária da Procuradoria-Geral de Justiça; propor e colaborar na

elaboração de fichas, gráficos, rotinas, mapas e manuais de instrução e

padronização dos serviços; fazer pesquisas em bancos de dados

eletrônicos sobre questões administrativas de pessoal, patrimonial e

financeira, bem como de assuntos jurídicos relativos à atuação do Ministério

Público; organizar, sob supervisão, arquivos e índices bibliográficos, de

pesquisas e documentos escritos inclusive em banco de dados

informatizados; redigir, datilografar, digitar, imprimir, transmitir e arquivar

trabalhos escritos, inclusive através de processos informatizados; operar

com processador de texto, planilhas eletrônicas e banco de dados;

participar em atividades de organização e manutenção e registro de

materiais de consumo e permanentes do Ministério Público; elaborar

mapas, grades, gráficos, estatísticas, demonstrativos e controles referentes

às atividades do Ministério Público, inclusive através de sistemas

eletrônicos de dados; colaborar com as atividades relacionadas com a

biblioteca, finanças, patrimônio, recursos humanos e administrativos em

geral; efetuar a revisão de trabalhos escritos, buscando especificamente a

correção de ortografia, sintaxe, regência e concordância; elaborar pautas de

reuniões de órgãos colegiados ou comissões, redigindo as respectivas atas

e registros, bem como decodificando ou transcrevendo gravações; realizar

trabalhos do protocolo, arquivo, recebimento e expedição de expedientes,

mantendo o controle e os registros em sistema integrado; atender o público;

conferir materiais e suprimentos em geral com as faturas, conhecimentos ou

notas de entrega; pesar, contar e medir materiais recebidos; fazer a

apuração de frequência de servidores; registrar a entrada e saída de

materiais de acordo com procedimentos determinados; executar outros

trabalhos correlatos e determinados. 8



ANEXO III



CONTEÚDO PROGRAMÁTICO



Atenção: Considerar-se-á a legislação vigente até a data da publicação do

Edital de Abertura de Inscrições.



1. CONHECIMENTOS GERAIS



LEGISLAÇÃO

Direito Administrativo: I. Administração pública: conceito; administração

direta e indireta; descentralização e desconcentração; órgãos públicos. II. Atos

administrativos: requisitos; características; atributos; anulação e revogação;

extinção; classificação; espécies. III. Poder de polícia. IV. Serviço público:

definição; classificação; características. V. Responsabilidade extracontratual

do Estado: noções. VI. Controle da Administração Publica: conceito; espécies

(judicial, legislativo e administrativo).

Direito Constitucional: I. Direitos e garantias fundamentais. II. Organização

do Estado. III. Organização dos Poderes.

Improbidade Administrativa: I. A Lei nº 8.429/92, com alterações

supervenientes: Disposições gerais; Atos de improbidade administrativa;

Penas; Declaração de bens; Procedimento administrativo e processo judicial.



INFORMÁTICA

Ambiente Operacional WINDOWS (*): Fundamentos do Windows:

Operações com janelas, menus, barra de tarefas, área de trabalho; Trabalho

com pastas e arquivos: localização de arquivos e pastas; movimentação e

cópia de arquivos e pastas; criação e exclusão de arquivos e pastas;

Configurações Básicas do Windows: resolução da tela, cores, fontes,

impressoras, aparência, segundo plano, protetor de tela; Windows Explorer.

Processador de Textos WORD (**): Área de trabalho, barras de

ferramentas, botões e menus do WORD; Formatação de documentos:

recursos de margens, tabulação, recuo e espaçamento horizontal,

espaçamento vertical, fontes, destaque (negrito, sublinhado, itálico, subscrito,

sobrescrito, etc); Organização do texto em listas e colunas; Tabelas; Estilos e

modelos; Cabeçalhos e Rodapés; Configuração de Página;

Planilha Eletrônica EXCEL (**): Área de trabalho, barras de ferramentas,

botões e menus do EXCEL; deslocamento do cursor na planilha para seleção

de células, linhas e colunas; Introdução de números, textos, fórmulas e datas

na planilha, referência absoluta e relativa; Principais funções do Excel:

matemáticas, estatísticas, data-hora, financeiras e de texto; Formatação de

planilhas: número, alinhamento, borda, fonte, padrões; Edição da planilha:

operações de copiar, colar, recortar, limpar, marcar, etc.; Classificação de

dados nas planilhas; Gráficos.

Acesso a Redes de Computadores (***): Estrutura de Redes de

Computadores: Redes Locais e Internet; Mecanismos de cadastramento e

acesso a redes: LOGIN, Username, Senha; Protocolos e Serviços de

Internet:mailto, HTTP, FTP, News; Correio Eletrônico: Endereços, utilização

de recursos típicos; World Wide Web: Browsers e serviços típicos,

mecanismos de busca.

Conceitos de proteção e segurança: procedimentos e segurança de

acessos, vírus de computador, ferramentas anti-vírus.

Software de apresentação Microsoft POWERPOINT (**): Área de trabalho,

barra de ferramentas, botões e menus do POWERPOINT; Criação de

apresentações e inserção de slides; elementos da tela e modos de

visualização; Trabalhando com objetos de texto: formatar, mover, copiar e

excluir objetos; Listas numeradas, listas com marcadores e objetos de

desenho; Uso de tabelas, gráficos, planilhas e organogramas; Layout,

esquema de cores, segundo plano e slide mestre; Montagem de slides

animados; Integração com Word e Excel; Salvar apresentações para acesso

via browser.

(*) - Será tomada como base a versão do Windows em Português, com as

características a partir do Windows XP.

(**) - Será tomada como base a versão do WORD e EXCEL em Português, com

as características a partir do WORD XP, EXCEL XP e POWERPOINT XP.

(***) - Será tomado como base os recursos mais gerais e comuns das

versões atuais dos browsers Internet Explorer e Mozilla Firefox e para correio

eletrônico recursos mais comuns do Outlook Express e Mozilla Thunderbird.



2. LÍNGUA PORTUGUESA

Ortografia: sistema ortográfico vigente. Morfossintaxe: identificação e emprego

das classes gramaticais; flexão verbal; flexão nominal; concordância verbal e

nominal; regência verbal e nominal; emprego do sinal de crase. Pontuação.

Processos sintáticos de coordenação e subordinação; estrutura da oração e

do período; paralelismo sintático; equivalência e transformação de estruturas;

discurso direto e indireto. Semântica: significado de palavras e expressões;

sinônimos e antônimos; denotação e conotação. Intelecção de textos: tipos de

texto; estrutura textual; relação entre ideias: coesão e coerência; ideia central

e ideias convergentes; argumentação; ponto de vista do autor. Análise e

interpretação de textos: informações literais e inferências.



3. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Matéria Estatutária e Institucional: I. O Ministério Público nas Constituições

Federal e Estadual: 1. Princípios institucionais do Ministério Público: Unidade;

Indivisibilidade; Independência Funcional. 2. Autonomias constitucionais do

Ministério Público: Funcional; Administrativa; Financeira. 3. Garantias

constitucionais dos Membros do Ministério Público: inamovibilidade;

irredutibilidade de subsídios; vitaliciedade. 4. Vedações constitucionais. 5.

Funções institucionais do Ministério Público. II. O Conselho Nacional do

Ministério Público: composição e competência. III. A Lei Orgânica Nacional do

Ministério Público (Lei nº 8.625/93). IV. A Lei Complementar nº 75/93. V. A Lei

Orgânica Estadual do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Lei Estadual nº

7.669/82, com alterações supervenientes): 1 Organização do Ministério

Público do Estado do Rio Grande do Sul: Órgãos de administração; Órgãos de

execução; Órgãos auxiliares. VI. Regime jurídico dos Membros do Ministério

Público (Lei Federal n° 8.625/93 e Lei Estadual n° 6.536/73, com alterações

supervenientes). VII. O Servidor Público nas Constituições Federal e Estadual.

VIII. Estatuto e Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado do

Rio Grande do Sul (Lei Complementar Estadual n° 10.098/94, com alterações

supervenientes). IX. Disposições específicas dos Quadros de Pessoal do

Ministério Público: Auxílio-condução (Lei Estadual nº 8.829/89 com a redação

da Lei Estadual nº 11.357/99); Vale-refeição (Lei estadual nº 11.250/98);

Auxílio-creche (Lei Estadual nº 11.358/99); Gratificação por exercício de

atividades perigosas (Lei Estadual nº 11.206/98); Vedação à Advocacia (Lei

Estadual nº 12.956/2008); Afastamento para concurso Público (Lei Estadual nº

12.262/2005).

Licitações e Contratos: I. A Lei nº 8.666/93 com alterações supervenientes.

A Lei Federal nº 10.520/2002. 1. Licitações: Disposições gerais; Modalidades;

Limites; Dispensa e Inexigibilidade; Habilitação; Registros cadastrais e

Procedimento e julgamento. 2. Contratos: Tipos de contratos; Cláusulas

necessárias; Duração do contrato. 2.1. O regime jurídico dos contratos. 2.2.

Execução dos contratos: a importância da gestão do contrato; o

acompanhamento e a fiscalização.

Orçamento Público e Gestão Fiscal: I. Noções gerais. II. Planejamento e

Execução Orçamentários: o Plano Plurianual; a Lei de Diretrizes

Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. III. O orçamento público na Lei nº

4.320/64: 1. A Despesa: empenho; liquidação e pagamento. IV. A gestão fiscal

responsável: 1. A Lei Complementar Federal nº 101/2000: Disposições

Preliminares; Planejamento; Receita Pública; Despesa Pública (geração da

despesa e das despesas com pessoal) Restos a pagar. 2. Da transparência

da gestão fiscal. 3. Do relatório resumido da execução orçamentária. 4. Do

relatório de gestão fiscal. 5. Das prestações de contas. 6. Da fiscalização da

gestão fiscal.

Matemática: Conjuntos numéricos. Divisão em partes proporcionais. Regra

de três simples e composta. Percentagem. Juros Simples. Juros Compostos.

Montante. Capital. Desconto simples. Descontos compostos. Progressões

aritméticas e geométricas. Matrizes e determinantes. Geometria plana: área e

perímetro de polígonos e círculos. Geometria espacial: área de superfícies e

volumes de prismas e cilindros. Estatística: média simples e ponderada.

Construção e interpretação de gráficos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

AMG 2010 SET LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000. Mensagem de veto Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp101.htm

Mensagem de veto
Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
        Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
        § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
        § 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
        § 3o Nas referências:
        I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
        a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;
        b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;
        II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
        III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.
        Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
        I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;
        II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
        III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;
        IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
        a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
        b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
        c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9odo art. 201 da Constituição.
        § 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
        § 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.
        § 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO
Seção I
Do Plano Plurianual
        Art. 3o (VETADO)
Seção II
Da Lei de Diretrizes Orçamentárias
        Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
        I - disporá também sobre:
        a) equilíbrio entre receitas e despesas;
        b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
        c) (VETADO)
        d) (VETADO)
        e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
        f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
        II - (VETADO)
        III - (VETADO)
        § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
        § 2o O Anexo conterá, ainda:
        I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
        II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
        III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
        IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
        a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
        b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
        V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
        § 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
        § 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente.
Seção III
Da Lei Orçamentária Anual
        Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
        I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o;
        II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;
        III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
        a) (VETADO)
        b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
        § 1o Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
        § 2o O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional.
        § 3o A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica.
        § 4o É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
        § 5o A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1o do art. 167 da Constituição.
        § 6o Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.
        § 7o (VETADO)
        Art. 6o (VETADO)
        Art. 7o O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subseqüente à aprovação dos balanços semestrais.
        § 1o O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento.
        § 2o O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União.
        § 3o Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União.
Seção IV
Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas
        Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
        Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
        Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
        § 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
        § 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
        § 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5)
        § 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1odo art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.
        § 5o No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.
        Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para fins de observância da ordem cronológica determinada no art. 100 da Constituição.
CAPÍTULO III
DA RECEITA PÚBLICA
Seção I
Da Previsão e da Arrecadação
        Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.
        Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos.
        Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
        § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
        § 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária. (Vide ADIN 2.238-5)
        § 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
        Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
Seção II
Da Renúncia de Receita
        Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
        I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
        II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
        § 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
        § 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.
        § 3o O disposto neste artigo não se aplica:
        I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1o;
        II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
CAPÍTULO IV
DA DESPESA PÚBLICA
Seção I
Da Geração da Despesa
        Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.
        Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:
        I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
        II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
        § 1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:
        I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;
        II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.
        § 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia de cálculo utilizadas.
        § 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
        § 4o As normas do caput constituem condição prévia para:
        I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras;
        II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da Constituição.
Subseção I
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
        Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.
        § 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
        § 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.
        § 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
        § 4o A comprovação referida no § 2o, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
        § 5o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das medidas referidas no § 2o, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.
        § 6o O disposto no § 1o não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.
        § 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.
Seção II
Das Despesas com Pessoal
Subseção I
Definições e Limites
        Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
        § 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".
        § 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.
        Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
        I - União: 50% (cinqüenta por cento);
        II - Estados: 60% (sessenta por cento);
        III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
        § 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão computadas as despesas:
        I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
        II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
        III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição;
        IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração a que se refere o § 2o do art. 18;
        V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;
        VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes:
        a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
        b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição;
        c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.
        § 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
        Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:
        I - na esfera federal:
        a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
        b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
        c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar;
        d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;
        II - na esfera estadual:
        a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
        b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
        c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
        d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;
        III - na esfera municipal:
        a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
        b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.
        § 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar.
        § 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão:
        I - o Ministério Público;
        II- no Poder Legislativo:
        a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União;
        b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;
        c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal;
        d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
        III - no Poder Judiciário:
        a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;
        b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.
        § 3o Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do art. 21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1o.
        § 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II do caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento).
        § 5o Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.
        § 6o (VETADO)
Subseção II
Do Controle da Despesa Total com Pessoal
        Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda:
        I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1o do art. 169 da Constituição;
        II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
        Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre.
        Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
        I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição;
        II - criação de cargo, emprego ou função;
        III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
        IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;
        V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
        Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3o e 4o do art. 169 da Constituição.
        § 1o No caso do inciso I do § 3o do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção de cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos. (Vide ADIN 2.238-5)
        § 2o É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária.(Vide ADIN 2.238-5)
        § 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:
        I - receber transferências voluntárias;
        II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
        III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal.
        § 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.
Seção III
Das Despesas com a Seguridade Social
        Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total, nos termos do § 5o do art. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências do art. 17.
        § 1o É dispensada da compensação referida no art. 17 o aumento de despesa decorrente de:
        I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista na legislação pertinente;
        II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;
        III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.
        § 2o O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas.
CAPÍTULO V
DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
        Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
        § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:
        I - existência de dotação específica;
        II - (VETADO)
        III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição;
        IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:
        a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;
        b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
        c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
        d) previsão orçamentária de contrapartida.
        § 2o É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.
        § 3o Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.
CAPÍTULO VI
DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO
        Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.
        § 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
        § 2o Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital.
        Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
        Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica as prorrogações e composições de dívidas decorrentes de operações de crédito, bem como a concessão de empréstimos ou financiamentos em desacordo com o caput, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária.
        Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
        § 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.
        § 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições financeiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
CAPÍTULO VII
DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO
Seção I
Definições Básicas
        Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
        I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
        II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;
        III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
        IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
        V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.
        § 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.
        § 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
        § 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
        § 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.
Seção II
Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito
        Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o Presidente da República submeterá ao:
        I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição, bem como de limites e condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;
        II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o montante da dívida mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado da demonstração de sua adequação aos limites fixados para a dívida consolidada da União, atendido o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.
        § 1o As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas alterações conterão:
        I - demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as normas estabelecidas nesta Lei Complementar e com os objetivos da política fiscal;
        II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três esferas de governo;
        III - razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera de governo;
        IV - metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.
        § 2o As propostas mencionadas nos incisos I e II do caput também poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração.
        § 3o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos.
        § 4o Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolidada será efetuada ao final de cada quadrimestre.
        § 5o No prazo previsto no art. 5o, o Presidente da República enviará ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, conforme o caso, proposta de manutenção ou alteração dos limites e condições previstos nos incisos I e II do caput.
        § 6o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata este artigo, em razão de instabilidade econômica ou alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos limites.
        § 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.
Seção III
Da Recondução da Dívida aos Limites
        Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
        § 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
        I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;
        II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9o.
        § 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.
        § 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
        § 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado os limites das dívidas consolidada e mobiliária.
        § 5o As normas deste artigo serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das operações de crédito internas e externas.
Seção IV
Das Operações de Crédito
Subseção I
Da Contratação
        Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente.
        § 1o O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes condições:
        I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica;
        II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação de receita;
        III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal;
        IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo;
        V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição;
        VI - observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei Complementar.
        § 2o As operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas, no texto da lei orçamentária ou de créditos adicionais, serão objeto de processo simplificado que atenda às suas especificidades.
        § 3o Para fins do disposto no inciso V do § 1o, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte:
        I - não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;
        II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de capital;
        III - (VETADO)
        § 4o Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal e do Banco Central do Brasil, o Ministério da Fazenda efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, garantido o acesso público às informações, que incluirão:
        I - encargos e condições de contratação;
        II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias.
        § 5o Os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusula que importe na compensação automática de débitos e créditos.
        Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a operação atende às condições e limites estabelecidos.
        § 1o A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Complementar será considerada nula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros.
        § 2o Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte.
        § 3o Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a reserva, aplicam-se as sanções previstas nos incisos do § 3o do art. 23.
        § 4o Também se constituirá reserva, no montante equivalente ao excesso, se não atendido o disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições do § 3o do art. 32.
Subseção II
Das Vedações
        Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar.
        Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.
        § 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a:
        I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
        II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
        § 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades.
        Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
        Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios.
        Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
        I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição;
        II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
        III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
        IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
Subseção III
Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária
        Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:
        I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;
        II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano;
        III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;
        IV - estará proibida:
        a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;
        b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
        § 1o As operações de que trata este artigo não serão computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art. 167 da Constituição, desde que liquidadas no prazo definido no inciso II do caput.
        § 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil.
        § 3o O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.
Subseção IV
Das Operações com o Banco Central do Brasil
        Art. 39. Nas suas relações com ente da Federação, o Banco Central do Brasil está sujeito às vedações constantes do art. 35 e mais às seguintes:
        I - compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado, ressalvado o disposto no § 2o deste artigo;
        II - permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta;
        III - concessão de garantia.
        § 1o O disposto no inciso II, in fine, não se aplica ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de venda a termo.
        § 2o O Banco Central do Brasil só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira.
        § 3o A operação mencionada no § 2o deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público.
        § 4o É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.
Seção V
Da Garantia e da Contragarantia
        Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal.
        § 1o A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte:
        I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente;
        II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
        § 2o No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e fomento para o repasse de recursos externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no § 1o, as exigências legais para o recebimento de transferências voluntárias.
        § 3o (VETADO)
        § 4o (VETADO)
        § 5o É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.
        § 6o É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.
        § 7o O disposto no § 6o não se aplica à concessão de garantia por:
        I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas condições;
        II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.
        § 8o Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada:
        I - por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente;
        II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação.
        § 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os Estados poderão condicionar as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento.
        § 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida.
Seção VI
Dos Restos a Pagar
        Art. 41. (VETADO)
        Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
        Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
CAPÍTULO VIII
DA GESTÃO PATRIMONIAL
Seção I
Das Disponibilidades de Caixa
        Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão depositadas conforme estabelece o § 3o do art. 164 da Constituição.
        § 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.
        § 2o É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1o em:
        I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da Federação;
        II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas.
Seção II
Da Preservação do Patrimônio Público
        Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.
        Art. 45. Observado o disposto no § 5o do art. 5o, a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
        Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, relatório com as informações necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo, ao qual será dada ampla divulgação.
        Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de imóvel urbano expedido sem o atendimento do disposto no § 3o do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito judicial do valor da indenização.
Seção III
Das Empresas Controladas pelo Setor Público
        Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do disposto no inciso II do § 5o do art. 165 da Constituição.
        Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa em que informará:
        I - fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos preços e condições, comparando-os com os praticados no mercado;
        II - recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor, fonte e destinação;
        III - venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos ou condições diferentes dos vigentes no mercado.
CAPÍTULO IX
DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
Seção I
Da Transparência da Gestão Fiscal
        Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
        Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.
        Parágrafo único.  A transparência será assegurada também mediante: (Redação dada pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        Art. 48-A.  Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a: (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
       Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
        Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.
Seção II
Da Escrituração e Consolidação das Contas
        Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:
        I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;
        II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;
        III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;
        IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários específicos;
        V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor;
        VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos.
        § 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais.
        § 2o  A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67.
        § 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
        Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público.
        § 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos:
        I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;
        II - Estados, até trinta e um de maio.
        § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Seção III
Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária
        Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:
        I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
        a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
        b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;
        II - demonstrativos da execução das:
        a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;
        b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;
        c) despesas, por função e subfunção.
        § 1o Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.
        § 2o O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no § 2o do art. 51.
        Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
        I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
        II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;
        III - resultados nominal e primário;
        IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o;
        V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.
        § 1o O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de demonstrativos:
        I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 3o do art. 32;
        II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos;
        III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes.
        § 2o Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:
        I - da limitação de empenho;
        II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.
Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal
        Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
        I - Chefe do Poder Executivo;
        II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
        III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;
        IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.
        Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.
        Art. 55. O relatório conterá:
        I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
        a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
        b) dívidas consolidada e mobiliária;
        c) concessão de garantias;
        d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
        e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o;
        II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
        III - demonstrativos, no último quadrimestre:
        a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
        b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
        1) liquidadas;
        2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do art. 41;
        3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
        4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
        c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.
        § 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as informações relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III.
        § 2o O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
        § 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção prevista no § 2o do art. 51.
        § 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.
Seção V
Das Prestações de Contas
        Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
        § 1o As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito:
        I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais;
        II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais tribunais.
        § 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo previsto no art. 57 pela comissão mista permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.
        § 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas.
        Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.
        § 1o No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias.
        § 2o Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem contas de Poder, ou órgão referido no art. 20, pendentes de parecer prévio.
        Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições.
Seção VI
Da Fiscalização da Gestão Fiscal
        Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:
        I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias;
        II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar;
        III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23;
        IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites;
        V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as desta Lei Complementar;
        VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.
        § 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:
        I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 4o e no art. 9o;
        II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;
        III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;
        IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite definido em lei;
        V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades na gestão orçamentária.
        § 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão referido no art. 20.
        § 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39.
CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
        Art. 60. Lei estadual ou municipal poderá fixar limites inferiores àqueles previstos nesta Lei Complementar para as dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias.
        Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que devidamente escriturados em sistema centralizado de liquidação e custódia, poderão ser oferecidos em caução para garantia de empréstimos, ou em outras transações previstas em lei, pelo seu valor econômico, conforme definido pelo Ministério da Fazenda.
        Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de despesas de competência de outros entes da Federação se houver:
        I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária anual;
        II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua legislação.
        Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinqüenta mil habitantes optar por:
        I - aplicar o disposto no art. 22 e no § 4o do art. 30 ao final do semestre;
        II - divulgar semestralmente:
        a) (VETADO)
        b) o Relatório de Gestão Fiscal;
        c) os demonstrativos de que trata o art. 53;
        III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da lei de diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso I do art. 5o a partir do quinto exercício seguinte ao da publicação desta Lei Complementar.
        § 1o A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser realizada em até trinta dias após o encerramento do semestre.
        § 2o Se ultrapassados os limites relativos à despesa total com pessoal ou à dívida consolidada, enquanto perdurar esta situação, o Município ficará sujeito aos mesmos prazos de verificação e de retorno ao limite definidos para os demais entes.
        Art. 64. A União prestará assistência técnica e cooperação financeira aos Municípios para a modernização das respectivas administrações tributária, financeira, patrimonial e previdenciária, com vistas ao cumprimento das normas desta Lei Complementar.
        § 1o A assistência técnica consistirá no treinamento e desenvolvimento de recursos humanos e na transferência de tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos instrumentos de que trata o art. 48 em meio eletrônico de amplo acesso público.
        § 2o A cooperação financeira compreenderá a doação de bens e valores, o financiamento por intermédio das instituições financeiras federais e o repasse de recursos oriundos de operações externas.
        Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembléias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:
        I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas nos arts. 23 , 31 e 70;
        II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9o.
        Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da Constituição.
        Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão duplicados no caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a quatro trimestres.
        § 1o Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do Produto Interno Bruto inferior a 1% (um por cento), no período correspondente aos quatro últimos trimestres.
        § 2o A taxa de variação será aquela apurada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro órgão que vier a substituí-la, adotada a mesma metodologia para apuração dos PIB nacional, estadual e regional.
        § 3o Na hipótese do caput, continuarão a ser adotadas as medidas previstas no art. 22.
        § 4o Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o prazo referido no caput do art. 31 poderá ser ampliado em até quatro quadrimestres.
        Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a:
        I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;
        II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da gestão fiscal;
        III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle social;
        IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
        § 1o O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reconhecimento público aos titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal pautada pelas normas desta Lei Complementar.
        § 2o Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do conselho.
        Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao Ministério da Previdência e Assistência Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios do regime geral da previdência social.
        § 1o O Fundo será constituído de:
        I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto Nacional do Seguro Social não utilizados na operacionalização deste;
        II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam adjudicados ou que lhe vierem a ser vinculados por força de lei;
        III - receita das contribuições sociais para a seguridade social, previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 da Constituição;
        IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física ou jurídica em débito com a Previdência Social;
        V - resultado da aplicação financeira de seus ativos;
        VI - recursos provenientes do orçamento da União.
        § 2o O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, na forma da lei.
        Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime próprio de previdência social para seus servidores conferir-lhe-á caráter contributivo e o organizará com base em normas de contabilidade e atuária que preservem seu equilíbrio financeiro e atuarial.
        Art. 70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja despesa total com pessoal no exercício anterior ao da publicação desta Lei Complementar estiver acima dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 deverá enquadrar-se no respectivo limite em até dois exercícios, eliminando o excesso, gradualmente, à razão de, pelo menos, 50% a.a. (cinqüenta por cento ao ano), mediante a adoção, entre outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23.
        Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, no prazo fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3o do art. 23.
        Art. 71. Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da Constituição, até o término do terceiro exercício financeiro seguinte à entrada em vigor desta Lei Complementar, a despesa total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 não ultrapassará, em percentual da receita corrente líquida, a despesa verificada no exercício imediatamente anterior, acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for inferior ao limite definido na forma do art. 20.
        Art. 72. A despesa com serviços de terceiros dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 não poderá exceder, em percentual da receita corrente líquida, a do exercício anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar, até o término do terceiro exercício seguinte.
        Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei no201, de 27 de fevereiro de 1967; Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislação pertinente.
        Art. 73-A.  Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas nesta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        Art. 73-B.  Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinações dispostas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A: (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes.  (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        Parágrafo único.  Os prazos estabelecidos neste artigo serão contados a partir da data de publicação da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        Art. 73-C.  O não atendimento, até o encerramento dos prazos previstos no art. 73-B, das determinações contidas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-A sujeita o ente à sanção prevista no inciso I do § 3o do art. 23. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
        Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua publicação.
        Art. 75. Revoga-se a Lei Complementar no 96, de 31 de maio de 1999.
        Brasília, 4 de maio de 2000; 179o da Independência e 112o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Pedro Malan
Martus Tavares
Este texto não substitui o publicada no D.O. de 5.5.2000

Itens compartilhados de Antonio Marcos

Plaxo Badge Navegandis...

X