Cloud Computing? ...

Se o que interessa é o que é o que há, ora, o que há é um futuro impressionante, uma vertiginosa escalada, sólida, mediante as novas configurações de uma sociedade em transformação. Quem é da era do papel, corre pra digitalizar, e digo, que, o que vai interessar, para apreender é o "audioalizar", isso posto que enquanto vão disputar o olhar do povo, se bem que a televisão já faz isso, é o ópio do povo, mas via web, entre os milhares que conectar-se-ão, muitos haverão de escutar livros. Essa é a questão maior, a da seletividade. O que ler, o que ouvir, de modo que não se desperdice o tempo, o conteúdo, a oportunidade, a linha do raciocínio...

http://65.55.177.205/BV.aspx?ref=Internal#http://europa.eu/rapid/pressReleasesAction.do?reference=SPEECH/09/336&format=HTML&aged=0&language=EN&guiLang

Viviane Reding UE Comissário para telecomunicações e mídia Digital Europa – Fast Track da Europa para recuperação económica A Ludwig Erhard palestra 2009 Conselho de Lisboa, Bruxelas, 9 de Julho de 2009.

Referência: DISCURSO/09/336 Data: 09/07/2009.
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Fala / 09/336

Viviane Reding

Comissário Europeu de telecomunicações e mídia

Digital Europa – Fast Track para recuperação económica da Europa

Os números e gráficos disponíveis em PDF e WORD transformadas

O Ludwig Erhard Lecture 2009

Conselho de Lisboa, Bruxelas, 9 de Julho de 2009.

Caro de senhor de Hof Heinz, caro Mettler de MS,

Senhoras e Senhores Deputados,

Sinto muito honrado que você convidou-me a dar "Ludwig Erhard Lecture este ano". O momento para isso é muito bem escolhido, e gostaria de felicitar os organizadores do Conselho de Lisboa para o seu calendário excelente.

Nestes dias em que Europa é na mais profunda crise económica desde a década de 1930 é muito útil, em especial para os políticos, lembre-se o trabalho de Ludwig Erhard e tomar outra olhada em seus escritos . Antes de se tornar Chanceler alemã, Ludwig Erhard foi o primeiro ministro da economia da jovem República Federal após a segunda guerra mundial. Após anos de ditadura e a gestão centralizada da economia, após uma catástrofe nacional de dimensões sem precedentes e total económica e social break-down, Erhard foi confiada a tarefa ciclópica de reconstruir a economia alemã. Que ele conseguiu fazer isso, que, no final dos anos 50, ele foi capaz de transformar a RFA na economia segundo mais importante do mundo depois dos Estados Unidos, é freqüentemente descrito como "o milagre económico" ("Wirtschaftswunder").

No entanto, quando olhamos mais em detalhes o que Erhard fez em sua política, isso foi nenhum milagre no trabalho. Foi um pouco uma boa combinação de forte determinação política e princípios económicos, juntamente com um bom entendimento da importância da psicologia de macroeconomia. Da crise no momento estamos a viver, permitam-me, portanto, dar um passo atrás e para elaborar um pouco sobre isso: primeiro sobre os princípios necessários para uma política económica sólida. E, em seguida, sobre a determinação de política necessária.

Núcleo p rinciples de uma política económica sólida

A partida ponto de Erhard da política para re-launching a economia alemã foi dos benefícios da economia de mercado, a firme convicção em mercados abertos e nas regras de oferta e procura. O retorno para uma economia de mercado era não evidente na Alemanha pós-guerra, após uma década de nacionalização, proteccionismo e centralização dos sectores mais industriais. Trazendo a economia de mercado para a Alemanha foi, portanto, um dos resultados principais de Erhard. No entanto, Erhard também sabia bem que seria ingénuo confiar mercado forças. As regras de procura e permitir que o mercado maximizar a liberdade individual quando o player de um mercado único ou vários participantes no mercado em conjunto, são impedidos de alcançar uma posição dominante de mercado. O Estado tem assim um importante papel a desempenhar. Em particular, o Estado tem a responsabilidade para assegurar uma concorrência efectiva no mercado e lutar contra os monopólios e cartéis. Isso pode parecer óbvio para nós hoje, mas era não evidente na década de 1950 quando Erhard lutou arduamente para primeiro Antitrust-lei da Alemanha – uma lei que desde que um lote de inspiração para a criação das disposições de concorrência do Tratado.

Abordagem de Erhard não fim de com uma dependência em forças de mercado e garantir uma concorrência efectiva. Ele pessoalmente tinha assistido os efeitos da crise económica mundial de 1929 de onde milhões de trabalhadores perderam seus postos de trabalho dentro de dias; onde bancos correu ultrapassar e execuções maciças banco revelaram que a população tinha perdido a confiança de todos no sistema financeiro; e onde depressão económica levou, em última análise, também a uma crise social. Esta experiência foi crucial para reflexões pessoais de Erhard e em suas políticas. Foi por isso que quis pós-guerra económico sistema da Alemanha seja uma "economia social de mercado" . Uma moeda estável, protegendo a poupança dos cidadãos de inflação é um pilar importante de tal sistema e estabilidade dos preços uma medida de política social por excelência. Outro fator é uma política social que protege as partes mais frágeis da sociedade e compensa a falhas de mercado; e que permite que cada cidadão ver as vantagens da economia de mercado no bolso. O título do livro famoso de Erhard "Wohlstand für alle" ("Wealth para todos") é muito revelador sobre o verdadeiro objetivo da economia social de mercado.

Erhard seria certamente orgulhoso por ver que mais de 50 anos depois ele e seu colaborador estreita que Alfred Müller-Armack cunhado o termo "economia social de mercado", o Tratado de Lisboa agora afirma que a constituição económica do mercado único europeu deve tornar-se uma "economia social de mercado" 1. Naturalmente, isso significa que a UE continua a ter a responsabilidade de núcleo para garantir uma concorrência efectiva, a estabilidade monetária e a estabilidade financeira e para criar um quadro jurídico sólido para isso. Significa também que, em última análise, os benefícios de estabilidade e um mercado único competitivo devem ser sentidos pelos cidadãos. Como Erhard disse: "uma política económica pode ser chamada somente social quando faz-se de que o progresso económico, maior crescimento de desempenho e produtividade no final irá beneficiar o consumidor". 2Este sentido de Erhardian, política de concorrência da UE (para citar o exemplo mais proeminente) é não um fim em si, mas sim uma política que permite que os consumidores, graças à intervenção determinada da Comissão contra práticas anticoncorrenciais, para salvar até de 11 mil milhões de euros por ano. Da mesma forma, liberalização das telecomunicações, impulsionada pela União Europeia é uma história de sucesso não só porque ele levou a abrir mercados, novos jogadores de mercado e maior investimento. Mas em especial porque ele permitiu que os consumidores europeus salvar cerca 35 % em suas contas de comunicação, nos últimos cinco anos por si só. Contando com as forças do mercado e concorrência por um lado e gerando benefícios tangíveis de consumidor, por outro, são, portanto, os dois lados da mesma moeda na economia social de mercado. E deve, na minha opinião pessoal, certamente ser os princípios orientadores para a primeira Comissão Europeia ter escritório ao abrigo do novo Tratado de Lisboa.

A p determinação de olitical agora necessária para a recuperação económica

Os princípios sólidos de um mercado social só eram de curso de não é suficiente para permitir que a Alemanha pós-guerra para recuperar economicamente; nem será a expressão "economia social de mercado" é suficiente para trazer a Europa de hoje no bom caminho para o crescimento económico sustentável e o emprego. Os princípios da economia social de mercado devem ser implementados pela ação política concreta e determinada. Soluções ideológicas não serão o trabalho. Uma abertura para novas soluções e pragmatismo são necessários, em especial em tempos de crise. Ludwig Erhard foi muito bom, como ele dizia pessoas desde o início o que esperar do seu recurso, por vezes também recorrendo ao "profecias cautela".

O que deve ser evitado é um "efeito de árvore de Natal" nas medidas de recuperação. Vamos ser claros: quem tentar satisfazer toda a gente vai no final satisfazem ninguém. As prioridades, foco e liderança política, assim, são necessários quando as obras de União nas próximas semanas e meses sobre novas medidas para o rescaldo da crise financeira e económica global – as medidas que os cidadãos esperam que ajudará a recuperação económica sustentável a.

Para a UE hoje, a primeira prioridade deve ser a transpor o propostas importantes do Larosière De - Relatório em concreta da legislação comunitária. Estas propostas têm por objectivo assegurar a estabilidade financeira, que é a condição necessária para a estabilidade económica na Europa duradoura.

In além desse, é preciso foco sobre as medidas que têm a melhor oportunidade de estimular a nossa economia e preservação de empregos na Europa. Há uma consideração importante que temos de ter em mente ao definir as nossas prioridades. Nos últimos meses, de os governos e bancos centrais têm sido vazamento sem precedentes de quantias de dinheiro na economia de liquidez e a limitar a recessão. F pacotes de estímulo iscal adoptadas pelos governos em toda a quantidade de área do euro, para 2009 e 2010, a 400 bilhões de euros, ou 4,6 % do PIB (incluindo os estabilizadores automáticos). Esse estímulo é uma necessidade inquestionável e Ludwig Erhard provavelmente teria acordado com muitas destas medidas. Ele tinha sempre advertiu contra um infundadas "austeridade política", de más experiências da Alemanha no final da década de 1920 e 1930 precoce. Também ouvimos esta semana os Ministros da economia e Finanças que mede o tempo para uma estratégia de saída de estímulo ainda ainda não existe, apesar dos primeiros "verdes rebentos" da recuperação económica que pode ser detectada. Mas as autoridades públicas não esquecer que é o contribuinte que pega o título de tudo isso no final. E que os cidadãos comuns seria a primeira a sofrer de desenvolvimentos inflacionistas que poderiam resultar de posterior expansão monetária.

Se não quisermos travar esse encargo em torno do pescoço das gerações futuras, os governos terão de fazer muito inteligente o uso do dinheiro público que agora será investido na recuperação da Europa. Também terão cada vez mais aproveitar essas oportunidades com extra de pouco ou nenhum custo anexado para o contribuinte. E sim, existem essas oportunidades.

O Estratégia de Europa digital

Isto leva-me ao meu resposta específica para a actual recessão económica: economia digital Europeia, onde investidores públicos e privados podem esperar um particularmente bom retorno sobre investimento.

Este sector inovador com importância em toda a toda a economia gera receitas já hoje substanciais através da internet e telefones móveis, em especial, fornecendo acesso a notícias, informações de música, livros, filmes, jogos e outros conteúdos digitais. E economia digital tem um enorme potencial: com uma taxa de penetração móvel de 119 % (acima de 84 % em 2004, quando a Comissão Barroso assumiu o cargo), hoje há mais de telefone celular de assinaturas, que os cidadãos da UE. 60 % das famílias estão conectados à internet (acima de 41 % há cinco anos). E enquanto em 2004, apenas 33 % destas famílias tinham uma conexão de banda larga de alta velocidade, isso cresceu para de 80 % nos cinco anos dessa Comissão Europeia.

Todos os Este é apenas o ponto de partida. Europa promete tornar-se ainda mais digital nos próximos anos. Uma análise demográfica nos informa que hoje, apenas 35 % do total da população da UE tenham utilizado serviços avançados de internet nos últimos 3 meses. Isso é consideravelmente diferente para as pessoas entre 16 e 24: 73 % deles recentemente utilizaram a internet para transmissão de dados avançada, em especial para uploads e downloads de conteúdo e para redes sociais. Este número sobe para 89 % na Dinamarca, mais competitivo mercado de telecomunicações da Europa.

Com estes jovens, regulares e intensivos usuários de internet de , há uma geração inteira de "nativos digitais" pronto para aplicar inovações como web 2.0 para negócios e vida pública, quer como podcasters, bloggers, networkers sociais ou proprietários de site. É esta nova geração que não há crescimento real do potencial para a Europa. Muito em breve, esses nativos digitais vão transformar de consumidores com poder de compra importante. Esta é uma das razões por que a Comissão Europeia considera que o roll out e desenvolvimento da banda larga de alta velocidade à internet – se via fixo ou através de conexões sem fio – poderia criar cerca de um milhão de empregos na Europa e crescimento de relacionadas com a banda larga de estímulo na actividade económica no valor de 850 bilhões de euros. Não nos esqueçamos que a cada 10 % de penetração de banda larga adicional produz 1,3 % de crescimento extra, de acordo com um novo estudo do BM.

To aproveitar este potencial na nossa economia digital, a Europa terá de criar o enquadramento adequado para assegurar uma concorrência efectiva e condições regulamentares som em um mercado único funcione bem, bem como incentivos à inovação. Em vista do compromisso para a economia social de mercado, precisamos também para se certificar de que, por fim, os consumidores beneficiarem a economia digital. Isto é particularmente importante se queremos convencer os nativos digitais para tornar-se os drivers da nossa economia digital.

O Presidente Barroso tem estabelecer claramente as nossas ambições quando ele escreveu aos Chefes de Estado e de Governo em 17 de Junho. Ele disse que agora temos de conseguir "Uma Europa compromisso para a transformação radical no sentido de uma base de conhecimento da sociedade."

Para alcançar essa transformação radical, Trabalho com minha equipe nas últimas semanas sobre uma estratégia para uma Europa Digital . Este plano tem duas partes: primeira, medidas que as instituições da UE podem levar ou se preparar ainda este ano, sob a actual Comissão, no âmbito do trabalho já iniciado. E em segundo lugar, acção que, em nossa opinião, deveria tornar-se uma prioridade para os próximos cinco anos.

As ações iminentes de reforço Europa digital

De acordo com a compreensão do Ludwig Erhard da economia social de mercado, nós têm até agora foram centrar a nossa acção sobre as pré-condições estruturais necessárias para obter o curso de economia digital. O nosso objectivo de política é claro: nós gostaríamos de ter internet banda larga para todos os europeus até 2010. E alta velocidade de internet de banda larga para todos os europeus até 2013.

O "movers primeiros" na Europa já começaram a implementar essas metas: TGoverno francês, com o seu plano França Numérique de 2012, é prossegue o objectivo de dotar todas as famílias francesas, uma conexão de internet, pelo menos, 512 kbit/s no final de 2012. No Reino Unido, Lord Carter afirmou, no seu ambiciosos Bretanha Digital eased de relatório, que o Governo define o objectivo de servir todos os agregados britânicos por redes de banda larga pelo menos 2 Mbit/s no final de 2012, pela criação de um Fundo de última geração. Na Alemanha, o Governo federal, em sua Breitbandstrategie, chama para conexões de 50 Mbit/s para servir de 75 % da população até 2014. Finlândia comprometeu-se até mesmo a um serviço universal de banda larga em 100 Mbit/s. . Esses são exemplos de países que obteve suas prioridades de direita. Todos eles reconheceram a necessidade de impulsionar a economia digital.

Que Europa podem adicionar a esta? Podemos Certifique-se, ao longo dos próximos meses, que esses começos positivos são acompanhados e reforçados por sinais europeias clara e complementados por medidas concretas. Temos de incentivar a todos os países a aderir as "primeiros movers" rapidamente, no espírito do nosso mercado único aberto e nosso comum concorrência europeia regras.

Para promover a infra-estruturas competitivas para uma Europa Digital, há quatro medidas concretas que pode e deve tomar nos próximos meses:

  • Em primeiro lugar, temos de pôr em vigor a reforma das regras de telecomunicações da Europa : duas directivas e um regulamento em que o Parlamento Europeu e o Conselho de Ministros da Telecom acordaram após 18 meses de negociações. O acordo abrange um pacote de reformas de mais de 160 artigos com 750 parágrafos. Há apenas um parágrafo em que nenhum acordo encontrado nesse far. Apelo de ambos os lados deste debate para chegar a um acordo muito rápido no presente parágrafo. A reforma poderia abrir caminho para uma melhor regulamentação e coordenação das regras de telecomunicações no mercado único europeu, melhorar a forma de espectro de radiofrequências é gerido na Europa e reforçar os direitos dos consumidores, bem como a natureza aberta da internet. A reforma seria trazer-nos, nomeadamente substancialmente mais perto para concluir um mercado de telecomunicações europeu único. Basta pense sobre o Regulamento de telecomunicações mais consistente poderia fazer para os prestadores de serviços de negócios na UE. Se as regras de acesso para as empresas foram consistentemente mais e efectivamente aplicada em toda a UE, PIB poderia ser impulsionada por 1,6 % para 2 %. Especialistas estimam também que a presente regulamentação fragmentação nos custos de telecomunicações Empresas europeias 20 bilhões de euros por ano – um custo factor que, na perspectiva da actual crise, devem eliminar, logo que possível, levando as reformas em vigor e aplicando as novas regras de forma eficaz.

  • Em segundo lugar, nós deve incentivar a concorrência efectiva e o investimento sustentável na Next Generation Networks – em especial em redes de fibra, em vez de cobre aqueles . Como mostra a evolução do sector das telecomunicações, o melhor instrumento para investimento sustentável em novas redes é um conjunto de regras sólidas, garantindo uma concorrência efectiva. Além disso, investimento orientado para o mercado pode ser dada um impulso extra através de sistemas de co-investimento em que vários operadores implantar fibras - para o lar. Se os investidores a riscos de investimento muito grande para trazer fibra-para-a casa, reguladores da Europa devem ser flexíveis. Juntamente com o meu colega Neelie Kroes, por conseguinte, publiquei um projecto de recomendação sobre este assunto com o objectivo de oferecer soluções normativas e segurança jurídica.

  • Em terceiro lugar, penso devemos tornar os serviços de telefones móveis 3 G mais atraentes na Europa e preparar o caminho para o LTE, a próxima geração de serviços móveis . Cada vez mais pessoas querem ser on-line onde quer que estejam, e onde quer que vão, por meio de seu dispositivo móvel. Este não é apenas um sonho para consumidores mais experientes, pessoas e tecnologia, negócios, mas tem o potencial de criação de um conhecimento móvel com base na sociedade europeia. Até o momento, existem usuários de 3 G de apenas cerca de 92 milhões na UE, apenas 16 % de todos os assinantes móveis, com a Itália, Finlândia e Áustria líder neste campo. Aqui, estamos a preparar medidas importantes para abolir restrições regulamentares e reduzir o custo da oferta de 3 G e mais avançados serviços móveis. A reforma da Directiva de GSM da UE, proposto pela Comissão no ano passado em paralelo com a reforma mais ampla do telecomunicações da UE em curso, permitirá que o re-farming do espectro de radiofrequências na banda de GSM para novos serviços móveis, assim, levando a economia de até € 1,6 bilhões em custos de capital para a indústria de móvel. Farei o meu melhor para garantir que esta importante reforma pode ser acordada e implementada, o mais rapidamente possível, para que a Europa pode continuar a ser o continente móvel no Globo.

  • Por último, mas não menos importante Creio que a presente crise económica exige de nós acelerar o curso da transição do analógico para a TV digital na Europa . T transição do senhor deputado será livre espectro muito valioso, usado atualmente por terrestre analógico TV, para uso por novas comunicações e serviços de conteúdo. Este processo já foi concluído em , Alemanha, Finlândia, Luxemburgo, Suécia, Holanda, na Flandres, aqui, na Bélgica, bem como em áreas mais importantes na Áustria. A Comissão estima que t valor incremental este espectro para conexão sem fio banda larga em toda a UE está entre € 150 e 200 mil milhões de euros. Coordenação europeia adequada de trabalho dos Estados Membros sobre o dividendo digital aumentaria o potencial impacto económico do dividendo digital por um adicional 50 bilhões de agora até 2015. Todos os cantos da Europa poderiam colher este "dividendo digital", sem que isso custar ao contribuinte um único cêntimo – se todos os governos da UE agir agora. Recordo que os Estados Unidos como uma todo comutada para digital TV último mês. , Exorto, portanto, todos os governos da UE: não espere até 2012, o prazo de toda a UE para a final análogo switch-off, para trazer esses benefícios para você as empresas e cidadãos. Agir rapidamente agora. Amanhã apresentarei um pacote de medidas de rascunho para acelerar a transição digital da Europa. Espero que estas propostas irão receber um acolhimento positivo em consulta pública e por que contribuir para uma atitude económica mais positiva. Como Ludwig Erhard sempre salientou: 50 % da macroeconomia são psicologia.

Digital Prioridades para os próximos cinco anos

O se quatro medidas mencionadas devem ser implementadas nos próximos meses, próximas. Você pode ter certeza de que eu não irá cansa de empurrar para a sua conclusão bem sucedida.

No entanto, nós já a necessidade de analisar hoje as prioridades estratégicas para a médio prazo. Com outras regiões do mundo a tornar-se cada vez mais competitivo, Europa não pode simplesmente piso água, garantindo simplesmente espectro suficiente e infra-estruturas modernas. Você terá um comboio de alta velocidade que não vai para um destino de emocionante? Obviamente, de alta velocidade à internet requer alto interesse de serviços de conteúdo e atraentes para o consumidor final. Para esta parte da economia digital, um quadro sólido, combinando a resistência das forças de mercado com todo o mercado único regulamentar equitativas, parece também ser a melhor resposta que a Europa pode dar. A Comissão será aberta uma consulta mais ampla sobre nossa estratégia digital da Europa em Agosto. Já hoje, gostaria de apresentar a você os quatro domínios prioritários onde a acção da UE parece ser a maioria dos necessários 3 :

1. Meu primeira e mais importante prioridade para a Europa Digital é: para tornar mais fácil e mais atraente para acessar o conteúdo digital, onde quer que os produzidos na Europa. a disponibilidade de conteúdo atraente que apela a espectadores europeus, ouvintes e leitores será decisiva na condução mais a utilização da internet banda larga de alta velocidade. Por conseguinte, é lamentável que temos actualmente um debate extremamente polarizado sobre o assunto: enquanto muitos titulares insistirem em que cada download não autorizado da internet é uma violação dos direitos de propriedade intelectual e, portanto, ilegal ou até mesmo penal, outros salientar que o acesso à internet é um direito fundamental crucial. Permitam-me ser claro sobre isso: ambos os lados têm razão. O drama é que após longas e muitas vezes infrutíferas batalhas, dois campos têm agora escavados próprios em suas posições, sem quaisquer sinais de abertura de ambos os lados.

Entretanto, pirataria de internet de aparece para se tornar mais "sexy", em especial para os nativos digitais já, a jovem geração de usuários de internet intensa entre 16 e 24. Esta geração deveria tornar-se a base da nossa economia digital, de inovação e novas oportunidades de crescimento. No entanto, os dados do Eurostat revelam que 60 % deles têm audiovisual conteúdo baixado da internet nos últimos meses sem pagar. E 28 % que eles não estaria dispostos a pagar.

Estes números revelam as graves deficiências do sistema actual. É necessário punir aqueles que estão a violar a lei. Mas existem realmente suficiente ofertas jurídicas atraentes e amigo do consumidor no mercado? Nosso actual sistema legal dos direitos de propriedade intelectual realmente viver às expectativas da geração internet? Nós já considerou todas as opções alternativas à repressão? Nós realmente analisaram a questão através dos olhos de um 16 anos de idade? Ou apenas do ponto de vista dos professores de direito que cresceu na era Gutenberg? Na minha opinião, a crescente pirataria da internet é um voto de desconfiança em modelos de negócios existentes e soluções jurídicas. Deve ser uma chamada de despertar para os decisores políticos.

If nós não, muito rapidamente, tornam mais fácil e mais favorável ao consumidor para acessar o conteúdo digital, poderia perder uma geração inteira como apoiantes da criação artística e jurídica utilização dos serviços digitais. Economicamente, socialmente e culturalmente, isso seria uma tragédia. Que, por conseguinte, é minha prioridade chave para trabalhar, em cooperação com outros Comissários, sobre um simples, enquadramento jurídico favorável ao consumidor para acessar o conteúdo digital no mercado único europeu, garantindo a remuneração equitativa dos criadores. Europa digital só pode ser construída com criadores de conteúdo, a bordo; e com a geração de nativos digitais como os usuários interessados e consumidores inovadoras .

Iirá dar-lhe dois exemplos de que a Europa poderia fazer concretamente para isto:

  • Em primeiro lugar, poderíamos facilitar o processo de licenciamento de direitos de propriedade intelectual para os serviços on-line que abranja o território de todos os 27 Estados-Membros . Hoje, titulares de direitos e provedores de serviços on-line precisam gastar demasiado tempo e dinheiro na gestão de direitos, em vez de investir esse dinheiro em serviços atraentes. E os consumidores muitas vezes não podem acessar conteúdo on-line se transferido em outro Estado-Membro. Para conteúdo on-line em um mercado único dos 27 Estados-Membros, economias de escala e de soluções compatíveis com o consumidor irão exigir um muito mais simples e menos fragmentado quadro regulamentar que não seja o de hoje. Tivemos um problema semelhante quando a TV por satélite comercial iniciada há mais de 30 anos. Como certa folga para este per se serviço de cooperação transfronteiriça tornou-se cada vez mais complexo, Europa desenvolveu o cabo e satélite directiva e introduziu um sistema simplificado de apuramento de direitos para toda a Europa. Creio que agora é tempo para desenvolver soluções semelhantes para o mundo em constante evolução do conteúdo on-line.

  • Segundo exemplo: É preciso criar um moderno conjunto de regras europeias que incentivar a digitalização de livros . Mais de 90 % dos livros em bibliotecas nacionais da Europa não estão mais disponíveis comercialmente, porque estão fora de trabalhos de impressão ou órfãos (que significa que ninguém pode ser identificado para conceder permissão para usar o trabalho digitalmente). A criação de um registo público de toda a Europa para essas obras poderia estimular o investimento privado na digitalização, garantindo que os autores recebem remuneração justa também no mundo digital. Isso ajudaria também a conclusão do debate presente, bastante ideológico sobre "Livros do Google". Compreendo os receios de muitos editores e bibliotecas que enfrenta o poder de mercado do Google. Mas partilho também as frustrações de muitas empresas de internet que gostariam de oferecer modelos de negócios interessantes neste campo, mas não podem fazê-lo devido do sistema regulamentar fragmentado na Europa. Estou tendo eu próprio, essas frustrações no contexto do desenvolvimento de Europeana, biblioteca digital da Europa. Sejamos muito claros: se nós não reforma nossas normas europeias de direitos autorais sobre órfãos e bibliotecas de obras rapidamente, digitalização e o desenvolvimento de ofertas de conteúdo atraentes não terá lugar na Europa, mas do outro lado do Atlântico . Só um moderno conjunto de regras de voltada para o consumidor irá habilitar o conteúdo da Europa a desempenhar um papel forte nos esforços de digitalização que já foi iniciado em todo o mundo.

2. Prioridade dois na minha a-do-lista para a Europa Digital é: Preparando para um espaço europeu, seguro e amigo do consumidor, para pagamentos móveis. Hoje, o falta de comum de toda a UE normas e regras de "m-cash" deixa o grande potencial de "m-commerce" e a web móvel não explorado. W e ter mais de 500 milhões de usuários móveis na Europa. Isso significa que a Europa tem as economias de escala para oferecer para um ambiente favorável à inovação que irá permitir transformar o telefone celular em uma carteira eletrônica. Muito rapidamente, pudemos ver o telefone celular está sendo usado para comprar mais correntes de de itens por via electrónica, tais como bilhetes em uma estação, as sodas de uma máquina de venda automática ou flores numa loja. Isso iria facilitar a vida para os consumidores; e abrir novas oportunidades de negócios para as empresas europeias.

3. Minha terceira prioridade para impulsionar a economia digital é: economia digital deve ser aberta para pequenas empresas. Na Europa, temos 23 milhões pequenas e médias empresas (PME que representam 99 % de todas as empresas). Contabilização de mais de 100 milhões de empregos, as PME podem ser mainspring de ressurgimento económico da Europa. Mas na utilização de ferramentas de TIC aumentando a produtividade, PME atrasam substancialmente as grandes empresas: apenas 9 % das PME usar facturas electrónicas, e apenas 11 % deles têm gestão de recursos humanos baseada em tecnologia. Se PME poderiam acessar o poder de computação pela web, eles seriam já não precisa comprar e manter tecnologias ou aplicações e serviços. Tais serviços com base na web – chamados de "computação em nuvem" – são os medicamentos necessários para a nossa economia de crédito compactado: eles podem tornar as empresas mais produtivas deslocando de custos fixos (ou seja, a contratação de pessoal, ou comprar PCs) para os custos variáveis (ou seja, você só paga para o que você usa). No entanto, hoje esses novos serviços são quase todos pertencentes a US e baseada em US. Mais uma vez, os Estados Unidos iniciou-se a explorar um modelo de negócios, antes de a Europa conseguiu fazê-lo. Podemos deixar que esta continuar. A meu ver, temos um grande esforço para definir hospedado de Europa "nuvens" para dar acesso de PME europeias para rápida, aberta e serviços de melhoria de produtividade. Um estudo recente estima que serviços de negócios on-line poderiam adicionar 0,2 % para o crescimento do PIB anual, criação de um milhão de novo postos de trabalho e permitir que centenas de milhares de novas PME a descolagem na Europa nos próximos cinco anos. Por isso que estamos à espera de?

4. é minha quarta prioridade para a Europa Digital: a melhor utilização das soluções de TIC inovadoras para atender aos nossos objectivos de uma economia de baixo carbono . Este aspecto é negligenciado, ainda, no nosso trabalho em curso para preparar com ambição para a Conferência de Copenhaga no final do ano. Apenas considere o seguinte: se as empresas na Europa foram substituir apenas 20 % de todas as viagens de negócios por videoconferência, poderia salvar mais de 22 milhões de toneladas de CO 2 por ano. E computação, ajudando a melhorar a eficiência de soluções de TI, conduziria a economia de energia eléctrica na atividade de até 80 % de computação em nuvem. Não devemos esquecer também o TIC poderiam fazer para os automóveis mais seguras, mais inteligentes e mais verde na Europa. Estou firmemente convencido de que a Europa Digital não se pode dar ao luxo de fechar os olhos ao seu potencial ecológico, que por sua vez, pode abrir novas oportunidades de negócios para empresas de TIC Europeu. Por isso, temos de adicionar alguns "verdes" a economia de mercado social de Ludwig Erhard.

Senhoras e Senhores Deputados,

Ludwig Erhard escreveu, em seu livro "Wohlstand para alle", que no contexto da integração Europeia, os políticos poderiam ser tentados a foco demasiado no institut íons de e não o suficiente sobre o que estas instituições existem para. Muita conversa institucional e não é suficiente resultados concretos de política, foi sua crítica do processo europeu. Receio que se Erhard poderia ter visto o que às vezes acontece aqui o "balão de Bruxelas" nestes dias, poderá ter sentia justificado em sua crítica – e, com razão, so.

Por conseguinte, espero que, após algumas semanas de hesitações e dúvidas, nós será agora rapidamente voltar aos negócios. Atendendo a crise económica, esperar e ver é, certamente, não uma opção para a Europa. Pessoalmente considero muito confiante que com uma forte e independente Comissão Europeia que visa a inspiração dos princípios da economia social de mercado, com efeito conseguiremos aproximar a Europa rapidamente volta no caminho do crescimento sustentável. Uma estratégia clara para impulsionar uma economia digital para as empresas e cidadãos, conforme descrito no meu plano de Europa Digital, deve desempenhar um papel importante neste.

Se mantivermos Ludwig Erhard, seus princípios e a importância da Psicologia para o desenvolvimento económico da mente, nós ainda pode ser capazes de realizar um pequeno "milagre económico" nos próximos anos. No passado 20 anos, a Europa liderou a revolução de telefone celular graças à força inovadora de seus pesquisadores e empresas, sua abordagem de equipe e sua capacidade para a criação de uma situação de igualdade que permitiu a economias de escala para desdobrar. Tecnologias da próxima década serão alteradas tão nitidamente como economia e da sociedade. Uma geração de europeus de alta tecnologia, usando dispositivos móveis para acessar a internet e usando a internet para acessar serviços móveis, que pode ser virar da esquina – se vamos nos concentrar as nossas políticas sobre as prioridades correctas. Creio que o tempo para isso é agora. Vamos fazer o trabalho.

1 :

Artigo 3.2 da reformada Tratado da União Europeia.

2 :

"Eine Wirtschaftspolitik darf itself aber nur dann sozial nennen, wenn sie den wirtschaftlichen Fortschritt, die höhere Leistungsergiebigkeit und die steigende Produktivität dem Verbraucher schlechthin zugute kommen lässt." (Wohlstand für Alle).

3 :

Isso adiciona ao e complementa, a "Agenda digital", apresentada em conjunto com o consumidor assuntos Comissária Meglena Kuneva. Consulte o press release de 5 de Maio de 2009 "direitos de consumidor: a Comissão quer os consumidores a navegar na web sem fronteiras" ( IP/09/702 ).

Cliquei em: TICS

bônus da palestra: 8 links imperdíveis

21092009

Estou em trânsito e por isso, nem vou tomar o seu tempo. Como prometi na palestra no 3º Seminário Blogs, Redes Sociais e Comunicação Digitalda Feevale, aí vai um bonus track…

  • O Nieman Reports tem um dossiê especialíssimo sobre Jornalismo e redes sociais. Vai lá!

hoje tem seminário de blogs na feevale

21092009

Acontece hoje e amanhã na Feevale, em Novo Hamburgo, a terceira edição doSeminário Blogs, Redes Sociais e Comunicação Digital. O evento é um dos encontros mais antenados do Brasil sobre o tema das novas tecnologias da comunicação e informação.

Veja a programação, e se não puder estar lá – eu vou! -, siga pelo twitter.

21/09 – Segunda-feira

17h30 – Abertura Oficial (Auditório do Prédio Azul)

18h às 19h30min – Palestra: Redes Sociais na Web e Jornalismo Colaborativo (Auditório do Prédio Azul) Ministrantes: Profª. Ms. Ana Brambilla (PUC-RS) e Prof. Dr. Rogério Christofoletti (UFSC)

20h às 22h – Palestra: Promoções e relacionamentos online (Auditório do Prédio Azul) Ministrantes: André Peccine (Google), Edney Souza (Interney) e Diogo Carvalho (Blog Destemperados)

22/09 – Terça-feira

14h às 17h – Grupos de Trabalho (GT`s) *

- GT Redes Sociais na Web – Sala 304 do Prédio Multicolor

- GT Conteúdo na Comunicação Digital – Sala 305 do Prédio Multicolor

- GT Comunicação Digital Corporativa – Sala 307 do Prédio Multicolor

14h às 17h – Oficinas*

Oficina 1: TV na Internet (Justin.TV, Youtube, entre outros) Ministrante: Prof. Dr. André Pase (PUC-RS) Laboratório: 406 do Prédio Multicolor

Oficina 2: Plano de presença online Ministrante: Arnoldo Barroso Benkenstein (Bolsista IEL/Agência Integrada) Laboratório: 407 do Prédio Multicolor

Oficina 3: Plataformas de música online Ministrante: Prof. Dra. Adriana Amaral (UTP) Laboratório: 408 do Prédio Multicolor

* Atividades simultâneas

17h – Coffe Break no Espaço Colaborafun (entre os Prédios Verde e Amarelo).

comunicação multimídia: livro grátis!

15092009

Anunciei aqui que a professoraMaria José Baldessar – minha amiga Zeca – lançaria junto com demais autores o livro por ela organizado. O lançamento se deu no Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Intercom, em Curitiba, no começo do mês. “Comunicação Multimídia: objeto de reflexão no cenário do século XXI” é um e-book que reúne onze textos abordando do Marketing ao Jornalismo, da Cibercultura à Convergência de Meios, entre tantos assuntos.

Veja o sumário a seguir, e se for do interesse, baixe o livro gratuitamente aqui:

  • A Comunicação e o Marketing na Cibercultura
  • Tecnologias da informação e da comunicação como suporte à publicidade na era digital
  • Construção da legitimação institucional na internet: as marcas identitárias como (de)marcações de estratégias comunicacionais explicativas
  • A midiatização nos sindicatos: reflexões sobre visibilidade, tipos de interação e participação na Internet
  • O amor e o capital emocional no processo de construção e consumo de uma marca na internet: A lovemark Mary Jane
  • O Capital Cultural e o Poder dos Aplicativos Sociais: o Plurk Como Estudo de Caso
  • Jornalista x cidadão-repórter: a contribuição do público no fazer jornalístico
  • O documentário na Internet: um estudo de caso, Nação Palmares
  • A Interação e a Convergência dos Meios na Comunicação: exemplos de mensuração e vigilância de mercado
  • Indústria Cultural, Indústria Fonográfica, Tecnologia e Cibercultura
  • Imbricações Tecnológicas: O ‘entre-lugar’ do corpo em movimento

manifesto internet: 17 constatações de como o jornalismo funciona

10092009

Paulo Querido conta como surgiu a versão portuguesa do Manifesto Internet, elaborado por um conjunto de jornalistas alemães em reação à desastrada Declaração de Hamburgo, feita por um grupo de proprietários de meios de comunicação europeus. O Manifesto Internet reacende a discussão sobre o papel do jornalismo e de jornalistas no turbulento e visceral cenário atual ultra e pós-midiático.

As 17 constatações que alicerçam o Manifesto são:

1. A Internet é diferente.

2. A Internet é um império dos media tamanho de bolso.

3. A Internet é a nossa sociedade é a Internet.

4. A liberdade da Internet é inviolável.

5. A Internet é a vitória da informação.

6. A Internet muda melhora o jornalismo.

7. A Internet requer gestão de ligações.

8. Ligações recompensam, citações enfeitam.

9. A Internet é um novo palco para o discurso político.

10. Hoje, liberdade de imprensa significa liberdade de opinião.

11. Mais é mais – não existe algo como demasiada informação.

12. A Tradição não é um modelo de negócio.

13. Os direitos de autor tornam-se um dever cívico na Internet.

14. A Internet tem muitas moedas.

15. O que está na Net fica na Net.

16. A qualidade permanece a mais importante das qualidades.

17. Tudo para todos.

Para ler na íntegra, veja o Manifesto aqui.

jornalismo e academia: dois sites, um livro e um evento

4092009

conviteRápido e rasteiro:

1. O Monitor de Mídia está com a edição 152 na rede. Destaques para reportagens sobre a Semana Estado de Jornalismo e sobre o perfil do novo profissional da área. Aqui.

2. Nem parece, mas ela já é quarentona: a internet. O Cotidiano, revista multimídia da UFSC, celebra quatro décadas da rede mundial de computadores. Aqui.

3. Maria José Baldessar e mais 17 autores lançam amanhã no Congresso da Intercom que acontece em Curitiba o livro “Comunicação Multimídia: objeto de reflexão no cenário do século 21″. Logo, logo, falarei mais disso por aqui.

4. De 21 a 25 de setembro próximos acontece a 8ª Semana do Jornalismo da UFSC. O evento é todo organizado e concebido por alunos, e sempre traz as melhores cabeças da área no país. Este ano tem Marcelo Rubens Paiva, Sergio Villas Boas, Kléster Cavalcanti… Aqui.

mais uma do azeredo

3092009

Como se já não bastasse o AI-5 Digital, o senador Eduardo Azeredo(PSDB-MG) continua brindando a Nação com sua expertise em internet e novas tecnologias, com seu bom senso legislador e com sua pertinácia grandiosa: ele é o relator da reforma eleitoral que quer deixar a internet de fora das campanhas. Como se fosse possível recolher grão por grão de areia do deserto…

Com seu brilho e inteligência, o senador considera que internet é como rádio e TV, e devem ser restringidas no uso. Blogs, redes sociais, sites de compartilhamento de vídeos e outras invencionices podem ser letais à democracia. Vai entender assim de comunicação e tecnologia lá no Senado…

educação e redes sociais: escola vai ensinar twitter

2092009

Na sequência do que escrevi aqui, sobre o que professores devem saber sobre redes sociais, acabo de ver que tem universidade que já se preocupa em tornar o uso das mídias sociais em conteúdos de disciplinas. É o caso daUniversidade DePaul, em Chicago. É exagero ter uma cadeira específica sobre o microblog mais conhecido do mundo? Não sei, mas a oportunidade poderia ser bem utilizada por muita gente. Já tem quem considere condição de sobrevivência na área ter uma conta no Facebook ou mesmo no Twitter. Aí, sim, é exagero!

PS: A colega Priscila Gonsales lembra: “No EducaRede, já usamos o twitter com alunos e professores na comunidade virtual Minha Terra. Vale conhecer:www.educarede.org.br/minhaterra2009“. Valeu, Priscila, pela dica.

blogs, redes sociais e comunicação digital: um evento na feevale

31072009

logo

Estão abertas as inscrições para o 3o. Seminário Blogs: Redes Sociais e Comunicação Digital. O evento acontece nos dias 21 e 22 de setembro de 2009, na Feevale, em Novo Hamburgo, RS.

A proposta do seminário é abordar a influência das redes sociais na web na comunicação digital a fim de promover a compreensão deste cenário para que se possa agir nele de forma eficaz.

O 3º Seminário Blogs: Redes Sociais e Comunicação Digital vincula-se ao Projeto “Comunicação Corporativa e Conteúdo Gerado pelo Consumidor: desafios e tendências” (CNPq), que faz parte do Grupo de Pesquisa em Comunicação e Cultura, desenvolvido no Centro Universitário Feevale.

Programação (sujeita a alterações):

21/09/2009 – Segunda-feira 17h30min – Abertura Oficial 18h30min às 19h30min – Painel: Blogs e Jornalismo Colaborativo Ministrantes: Ana Brambilla (PUCRS), Diogo Carvalho (Blog Destemperados) eRogério Christofoletti (UFSC) 20h às 22h30min – Palestra: Promoção e relacionamento online Ministrantes: Edney Souza (Interney) e André Pecini (Google)

22/09 – Terça-feira 14h às 17h – GT’s (Grupos de Trabalho) - Redes Sociais na Web - Comunicação mediada por computador nas ferramentas da Web 2.0 (blogs, microblogs, fotologs, videologs, sites de compartilhamento de vídeos, músicas e fotos, podcasts, videocasts, comunicadores instantâneos, plataformas de redes sociais de relacionamento) em sua interface com as redes sociais de relacionamento; Jogos Digitais e relacionamento on-line. - Conteúdo na Comunicação Digital – Jornalismo on-line; jornalismo cidadão; plataformas colaborativas; plataformas open source; produção, compartilhamento, organização e busca de conteúdo (folksonomia, ferramentas de busca e web semântica); Jogos digitais como produção, compartilhamento e distribuição de conteúdo. - Comunicação Digital Corporativa – Comunicação organizacional na web; Web 2.0 e a Opinião Pública; Ações de web marketing na Web 2.0; Publicidade on-line; Web Design; Advergames; Jogos digitais como estratégia de marketing na Web.

14h às 17h – Oficinas Oficina 1: TV na internet (Justin.TV, Youtube, entre outros) Ministrante: André Pase (PUCRS) Oficina 2: Como se tornar um formador de preferência a partir das redes sociais (Blogs, Twitter, Facebook e outros) Ministrante: Arnoldo Barroso Benkenstein (Feevale) Oficina 3: Plataformas de Música online Ministrante: Adriana Amaral (UTP)

18h – Plenária

19h – Encerramento Oficial

Datas importantes: Inscrições: 30 de julho a 20 de setembro de 2009 Submissões de resumos: 30 de julho a 15 de agosto de 2009 (*) Divulgação dos aceites: 20 de agosto de 2009

* Os resumos devem ter entre 900 e 2500 caracteres com espaços e conter os elementos a seguir especificados (não necessariamente nesta ordem): tema, justificativa, objetivos, metodologia, resultados parciais e/ou finais, considerações finais e palavras-chave (mínimo três e máximo cinco palavras).

Inscrições e mais detalhes em http://www.feevale.br/seminarioblogs

Regulamento AQUI!

ética e certificação de blogs e sites

31072009

A dica é rápida e ligeira: Alex Gamela reproduz entrevista que deu a uma acadêmica onde discute a idéia de certificação de qualidade para sites e blogs, bem como um selo de ética online. Vale ler e pensar sobre…

comunicação de governo e mídias sociais

17072009

No início desta semana, fiquei particularmente curioso quando vi no Twitter que Beth Saad estava indo a Brasília para palestrar sobre mídias sociais. Para quem não sabe, Beth é uma das mentas mais abertas e arejadas da academia brasileira quando o assunto é tecnologia, comunicação e gestão estratégica. Pois Beth deixou um robusto post no Intermezzo dando suas impressões sobre o que viu e ouviu por lá.

Como era de se esperar, as expectativas dela – de que não há uma política sobre o tema no Planalto – foram plenamente confirmadas. Infelizmente. Mas o ceticismo de Beth deu lugar a um otimismo pragmático. Postura sábia e objetiva…

Tomara que o governo acorde e assuma seu lugar nesta história toda. Tomara.

intercom e redes sociais

11072009

O Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação acontece em setembro em Curitiba. Se você quer saber mais do Intercom 2009, os organizadores locais criaram até uma rede social no ning. Confira emhttp://www.intercom2009.ning.com

literatura e redes sociais

28062009

A literatura é mesmo um rio. Não dá pra aprisionar. Você estanca, ela busca formas de se desviar dos entraves. Você tenta deter as águas, mas ela contorna, se espessa, rompe e se espalha.

Esta semana, vi que dois dos caras mais conectados que conheço estão fazendo vazar suas prosas pelas redes sociais. Fernando Arteche começou a publicar trechos de um “suposto livro” na forma de posts em seu blog, Os trabalhos e os dias. André Lemos anunciou que vai adaptar um livro inacabado - chamado “Reviravolta” – para o twitter. Ele mesmo conta: “História de viagem, na e fora da rede. Posts todo sábado, com o marcador &. Para seguir é so apontar parahttp://twitter.com/andrelemos

A literatura é mesmo um rio…

produção em mídias digitais: uma especialização

25062009

Exu Caveira Cover avisa que estão abertas as inscrições para o curso de especialização Produção em Mídias Digitais, que acontece na PUC-Minas de agosto de 2009 a junho de 2010.

Confira aqui!

mídia-educação: 10 cartilhas de graça

15062009

Ontem, separei aqui cinco e-books organizados pelo Monitor de Mídiadesde 2001. Mas existem outros materiais que podem servir para fins mais imediatos, como o conjunto de cartilhas Diálogos de Mídia e Educação, produzidos pelas professoras Laura Seligman e Valquíria John, ambas jornalistas e mestres em Educação, e pesquisadoras do Monitor.

Produzidas deliberadamente numa linguagem clara e fácil, as cartilhas têm o propósito de auxiliar docentes de diversos níveis a conduzir suas classes a uma leitura mais crítica e ampla dos meios de comunicação.

Confira!

Diálogos de Mídia e Educação nº 1 – Por que educar para a mídia? 10 páginas Tamanho do arquivo: 1,6 Mega – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 2 – O jornal impresso 9 páginas Tamanho do arquivo: 500 Kb – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 3 – A revista 12 páginas Tamanho do arquivo: 600 Kb – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 4 – O rádio 10 páginas Tamanho do arquivo: 448 Kb – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 5 – A televisão 12 páginas Tamanho do arquivo: 208 Kb – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 6 – O cinema 11 páginas Tamanho do arquivo: 456 Kb – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 7 – A fotografia 9 páginas Tamanho do arquivo: 128 Kb – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 8 – A publicidade 10 páginas Tamanho do arquivo: 752 Kb – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 9 – A internet 9 páginas Tamanho do arquivo: 1,6 Mega – Baixe já!

Diálogos de Mídia e Educação nº 10 – Exercícios 11 páginas Tamanho do arquivo: 1,1 Mega – Baixe já!

monitor de mídia: 5 livros de graça

14062009

O Monitor de Mídia está prestes a completar oito anos de observaçãodos meios de comunicação catarinenses. Está em produção a 150ª ediçãodeste projeto que criei na Univali em 2001. Neste tempo todo, dezenas de alunos passaram por lá e trabalharam com um corpo dedicado de professores, gerando muito, mas muito conteúdo sobre a mídia catarinense. Praticamente, tudo o que se produziu está no site, mas pra facilitar, separei aqui cinco e-books organizados pela equipe.

Baixe! Leia! Compartilhe!

Diagnósticos da Imprensa: as 100 primeiras análises 411 páginas Tamanho do arquivo: 1,6 Mega – Baixar já!

Ética e Mercado no jornalismo catarinense 152 páginas Tamanho do arquivo: 4,46 Mega – Baixar já!

Jornalismo: a tela, a lousa e a quadra 128 páginas Tamanho do arquivo: 2,2 Mega – Baixar já!

Jornalismo: Olhares de dentro e de fora 141 páginas Tamanho do arquivo: 4,1 Mega – Baixar já!

Glossário de Termos Científicos 39 páginas Tamanho do arquivo: 1,4 Mega – Baixar já!

uma entrevista com raquel recuero

13062009

raquel2Raquel Recuero é um dos principais nomes brasileiros na pesquisa sobre redes sociais. Recentemente, lançou o livro “Redes Sociais na Internet”, que deve se tornar uma referência obrigatória para aqueles que se interessam pelo assunto. O livro pode ser encontrado nas livrarias e num site especialmente criado para o seu download. Na entrevista a seguir, Raquel fala um pouco mais sobre o tema. Confira…

Seu livro chega às bancas agora, justamente num momento em que as redes sociais são mais faladas do que nunca. Até mesmo os mais resistentes têm aderido a elas, como é o caso dos poderes centrais, dos governos. Esta semana, por exemplo, o Ministério do Trabalho e Emprego “entrou” no Twitter, e já está no Orkut desde o ano passado. De que maneira, os governos podem se valer das redes sociais? E como o cidadão pode se beneficiar com isso? Penso que esses espaços na Internet contêm o potencial de ser extremamente democráticos, pois permitem um contato mais direto entre os governos e instituições e os cidadãos. Claro que isso depende do modo como o espaço é usado, mas de um modo geral, acho que essas redes podem prover espaços de debate e feedback para os cidadãos e espaços de informação e debate direto com a sociedade para os governos.

Você atua num programa de mestrado na área de Letras, um campo essencialmente ligado à Educação. Como as redes sociais podem contribuir para os avanços educacionais, em especial na realidade brasileira? O espaços sociais que temos na rede auxiliam em um processo de comunicação mais amplo, tanto nos aspectos informativos (acesso à notícias, informações, serviços e etc.) quanto naqueles conversacionais (debates, discussões, etc.). Assim, também são espaço potenciais para a educação e o espírito crítico. Do meu ponto de vista, ainda fazemos um uso muito modesto das tecnologias na educação. Claro, é necessário um cuidado na exposição e na construção desses processos, mas poderíamos usar mais os sistemas que já existem em sala de aula. Se tu olhares para o Orkut, por exemplo, vais ver que ali há exemplos da cultura de toda a sociedade brasileira. Há pessoas em lugares menos favorecidos que estão lá, com seus perfis, suas comunidades, suas percepções culturais. Há uma quantidade expressiva de jovens e adolescentes que usam o sistema. As pessoas vão construindo uma cultura ali, vão incorporando aqueles signos no seu dia a dia. No entanto, insistimos em ignorar essas práticas, focando sistemas “idealizados” para a educação e a chamada inclusão digital, que muitas vezes não refletem a experiência, os interesses e apropriações das pessoas. Penso que é preciso pensar a educação como espírito crítico e apropriação *a partir* dessas práticas.

No início deste ano, você lançou junto com Adriana Amaral e Sandra Montardo o livro “Blogs.com”, em formato de e-book e rapidamente absorvido pelos leitores brasileiros como uma importante sistematização da produção científica nacional sobre o tema. “Redes Sociais na internet” é seu primeiro livro autoral, embora você seja uma pesquisadora bastante produtiva. Ele não é propriamente a adaptação de sua tese de doutorado, não é mesmo? E por que você resistiu em lançar a tese antes? É em parte uma adaptação da minha tese, em parte uma aplicação dela. O fato de não ter sido lançado antes foi menos por escolha e mais pelo tempo para adaptar aquilo que eu tinha escrito e as minhas pesquisas posteriores. A tese, em si, é meio “pesada”, tem muitos dados, muitas coisas que não entraram no livro para deixá-lo mais acessível. Claro que todo esse processo exigiu uma adaptação maior e um tempo maior para conseguir terminá-lo. :-)

Pode-se notar que o Brasil vem criando um núcleo bem consistente de pesquisadores sobre cibercultura. Os esforços podem ser sentidos em diversos pólos regionais, como a Bahia e o Rio Grande do Sul. Que avaliação você faz desse cenário em construção? E como situa a produção científica brasileira nessa área? Eu acho que é muito importante que a gente entenda como a sociedade brasileira vem apropriando o ciberespaço e vem criando novas práticas de identidade, participação e discussão. Essas práticas vão impactar a nossa sociedade offline cada vez mais fortemente. Por conta disso, acho extremamente saudável que novos grupos comecem a discutir essas questões, a pensá-las e a focar sua produção nessa compreensão. Quanto mais soubermos sobre esses impactos, melhor proveito poderemos tirar deles para a própria sociedade e melhor conseguiremos minimizar seus aspectos negativos. Espero assim que, no futuro, tenhamos mais grupos pesquisando essas questões em mais universidades e regiões do Brasil. :-)

obamanofacebookPessoalmente, tenho a impressão de que os pesquisadores que estudam tecnologia e interfaces tecnológicas têm desafios sobressalentes no seu trabalho. Não apenas pela complexidade de seus objetos, mas pela fugacidade e volatilidade de temas e preocupações. Parece que esses cientistas estão sempre tentando trocar o pneu de um carro em movimento. Isso é só uma impressão minha? Ou ampliando: que outros desafios se apresentam para quem pesquisa tecnologia? Hahahahaha Acho que é uma ótima analogia, mas penso que é o desafio de todo o cientista social. A sociedade é mutante, está sempre re-significando os processos culturais. É preciso ter claro que quase sempre temos, como resultado, um “retrato”de um determinado grupo em um determinado momento. Mas uma seqüência de imagens estáticas também pode ajudar a entender melhor a dinâmica, o movimento desses grupos. Por isso acho muito importante a continuidade dos estudos, sua comparação com outros trabalhos e sobretudo, o debate. São grandes desafios, precisamos de mais incentivo e mais pesquisadores para poder dar conta deles, especialmente em um país continental como o Brasil.

Já há uma agenda de lançamentos de “Redes Sociais na Internet”? E mais: após esse livro, quais são seus próximos estudos e projetos? Estou trabalhando em um projeto com mais duas pesquisadoras, a Adriana Amaral e a Suely Fragoso em um livro focado em métodos de pesquisa para dados do ciberespaço. E estou também trabalhando em um projeto de estudo da conversação mediada pelo computador, tentando entender como a língua é utilizada e mudada no ciberespaço e como isso reflete os aspectos sociais da apropriação. Acho que são esses os atuais. :-)

o blog da petrobras e os interesses desacomodados

9062009

Há milhões de anos, quando o maior dinossauro chegava à beira do lago para beber água, causava tremores, derrubava árvores, fazia fugir animais menores e trazia muita confusão para o local. Pelo menos por um curto período, ele mudava o panorama da região. Não era novidade nenhuma matar a sede por ali, mas a chegada do gigante causava desconforto geral.

Passado tanto tempo depois disso, a história se repete, e na blogosfera brasileira.

Desde o dia 2 de junho está na rede o Fatos e Dados, blog oficial da Petrobras. Isso equivale dizer que a maior empresa do país aderiu a alguns dos caminhos da web 2.0, aquela da participação, da colaboração, do compartilhamento de arquivos, de busca de maior transparência. Até aí, parece que não há nada demais, né?

Pois a Petrobras chega à blogosfera mais de uma década depois do surgimento dos blogs, e chega vestindo a indumentária do momento. Seu blog está hospedado noWordPress, gratuito, e não num sistema próprio de publicação. Seu visual aproveita um dos templates disponíveis, e não há nenhum acessório ou traquitana inovadora do ponto de vista tecnológico. Não importa. Um dinossauro é sempre um dinossauro, e embora esteja camuflado com texturas brandas, seu vigor e força são os de um gigante. O que significa dizer que o que importa no Fatos e Dados são o espírito e a motivação. O espírito é a quantidade de informações e notícias que uma empresa como a Petrobras gera a cada dia, e que interessa a milhões de pessoas. A motivação pode ser traduzida por uma “linha editorial” que se pretende ser mais transparente e aberta, divulgando dados e fatos, até mesmo antes da mídia tradicional.

E aí, o dinossauro começa a incomodar a fauna já estabelecida.

Vazamento ou transparência?

O fato é que o blog da Petrobras já criou gritaria entre alguns jornais e entidades ao divulgar não só comunicados oficiais, mas também perguntas e pedidos de informação de jornalistas. Com isso, provoca uma situação nova nas relações entre fontes e jornalistas no país, já que pode prejudicar investigações sigilosas, alertar concorrentes sobre matérias em andamento ou mesmo evidenciar que os veículos de comunicação distorcem ou corrompem algumas informações ao divulgá-las.

Folha de S.Paulo e O Globo se queixaram do que acusam ser um vazamento premeditado de informações, de forma a virar o jogo sobre a mídia. Carlos Castilholembra que isso já se dá nos Estados Unidos, por exemplo, onde algumas fontes de informação têm seus próprios canais de difusão de dados. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou nota, condenando a postura da Petrobras: “Ao agir dessa forma, a Petrobras inibe os meios de comunicação e os jornalistas que precisam verificar com a empresa informações de eventuais reportagens que serão veiculadas”. A Abraji pede uma revisão de política por parte da Petrobras.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também lançou documento oficial, criticando a “canhestra tentativa de intimidação” da estatal.

A Petrobras respondeu às críticas, lançando mão de conceitos e práticas do próprio jornalismo:

A noção de confidencialidade e sigilo, como a própria nota da ANJregistra, é um princípio que norteia a relação dos jornalistas com suas fontes (pessoas ou empresas, consultorias). O objetivo principal é preservar aqueles que passam informações aos jornalistas e que, por qualquer motivo, precisam ou querem se manter no anonimato. Mas não há compromisso semelhante de confidencialidade e sigilo da fonte para o jornalista, pois isso limitaria o próprio caráter público e aberto da informação.

Passos de gigante

Parte da blogosfera nacional convulsiona nos últimos dias com a novidade. Avelar fala do “desespero da mídia”, Túlio Viana ironiza dizendo que O Globo quer ter o monopólio das perguntas e das respostas. Azenha lista dez razões que explicariam porque jornais atacam o blog da Petrobras. Sergio Leo responde a Azenha e dá bons argumentos contra a ação do Fatos e Dados. Comentários abundam nesses e noutros blogs, e o estrago já é uma realidade.

A chegada da Petrobras à blogosfera é um movimento que transcende a opção de uma grande empresa por canais gratuitos e mais ágeis de informação. Trata-se de uma briga ruidosa e de contornos brutais. A Petrobras tem lucro superior a PIB de muitos países, é uma grande anunciante, uma expressiva financiadora de projetos. Seus interesses nem sempre coincidem com os do país ou com os de largos setores da sociedade. Afinal, é uma empresa colossal, de escala mundial e agressiva nos segmentos que opera. Grandes jornais como a Folha e O Globo – a exemplo de outros veículos – não querem ficar nas garras desse dinossauro. Mas o gigante já está à beira do lago, sua presença esbarra nos interesses comerciais da mídia, seu hálito incomoda.

O blog da Petrobras pode constranger, intimidar, acuar pequenos e grandes meios, jornalistas experientes e novatos. O blog da Petrobras não tem que se submeter aos preceitos da ética jornalística, já que seus produtores são assessores de comunicação, cujas condutas devem se orientar pelos interesses da empresa. Sei que essa discussão de uma ética distinta para os assessores causa arrepios em muita gente, e quero tratar disso numa outra ocasião. Mas o fato é que o blog da Petrobras expõe nervos infeccionados da relação mídia-fontes de informação.

Não estou convencido de que o blog da Petrobras seja um mal para o jornalismo. É mais um canal de informação, que pode ser confiável ou não, e que pode contornar a mídia para chegar ao público. Ao prescindir dos meios tradicionais, o blog contraria interesses de quem ainda quer manter uma comunicação de mão única, o monopólio das formas de informação. O blog da Petrobras não é um mal para o jornalismo, mas pode ser para alguns jornalistas. As coisas estão mudando muito rápido nos últimos tempos, e essa é mais um desafio para os jornalistas. O jornalismo mantém o seu compromisso de buscar a informação custe o que custar, colidindo com interesse da petrolífera ou não. Os jornalistas que não quiserem ficar sob a sombra do dinossauro precisarão ser ágeis, versáteis, inteligentes. Nem todos os dias pertecem ao predador…

4 anos de monitorando, 1000 posts e algumas histórias

20052009

Hoje, este espaço completa quatro anos de existência, sendo a metade deles no WordPress. Ao mesmo em que isso acontece, percebo que este é o milésimo post por aqui. Essas duas marcas ajudam a compor um momento especial para mim, pois é na condição de blogueiro que tenho tido a oportunidade de me comunicar com mais gente, conhecer outras realidades e ampliar o horizonte dos meus interesses.

Quem é blogueiro sabe que manter decentemente um espaço na internet é como ter uma microempresa, um pequeno filho ou mesmo um cachorro bem carente. Tem que alimentá-lo bem, zelar pela sua integridade, gerenciar com quem ele se relaciona, enfim, cuidar. Blogueiro não é quem cria, mas quem cuida, quem cultiva.

Refiro-me a blogueiros sem financiamento ou remuneração, como eu. No mundo do trabalho, chamariam de amadores, muito embora seja uma grande contradição alguém ser um blogueiro profissional. Os blogs e outras traquitanas tecnológicas pós-internet bagunçaram nossas noções mais primitivas de trabalho, de rotina produtiva, de fluxo informativo, de hierarquia no processo da comunicação, e por aí vai. O blogueiro se guia por uma ética hacker – na acepção de Pekka Himanen, o antropólogo que estudou as comunidades de nerds e constatou que “hacker” não é um palavrão. Em geral, blogueiros são diletantes, generosos, vivem em bandos, mesmo que separados por fios e distâncias abissais. Blogueiros não são seres tecnológicos, são pessoas que se valem da tecnologia para viver (ou quem sabe ser) melhor. Como o surfista que se aproveita da prancha para conhecer o mar…

Por isso, agradeço aos leitores deste espaço e principalmente aqueles que foram meus interlocutores, deixando comentários, indicando links, retificando equívocos… Desde maio de 2007, contabilizei aqui mais de 134 mil visitas, pouco se comparado aos campeões de audiência, mas muito aquém do eu jamais pudesse esperar. Ainda em termos estatísticos, o monitorando.wordpress registrou mais de 1500 comentáriosneste tempo. O dia em que tivemos mais visitas – 2146!! – foi o 26 de novembro de 2008, quando passei a deixar por aqui relatos das enchentes que destruíram boa parte do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, de onde irradiamos nosso sinal. Trágicos, aqueles dias de novembro mostraram – como com o Katrina, nos EUA – a força da blogosfera e o quanto a tecnologia pode ajudar a unir pessoas e vidas.

Com quatro anos de blog, tivemos alguns layouts, e só aqui no WordPress foram quatro até agora: NeoSapien, Digg 3 Column, Conections e Cutline. Porque mil posts são também uma marca, o Monitorando passa por mais uma cirurgia plástica e passa a adotar o template Freshy, de Jide.

Por isso, entre e fique à vontade. Obrigado pela sua sempre bem vinda visita. Se gostou, indique aos amigos. Se não gostou do blog, ótimo! Indique então aos inimigos…

jornalista tem que estar antenado com novas mídias

19052009

Deu no Jornalistas da Web, e reproduzo:

Na última semana, Jornalistas da Web realizou uma enquete para saber se o novo profissional de jornalismo deve estar antenado com as novas mídias.

De um total de 79 respostas, a grande maioria, ou 83%, disse que sim, estar antenado com as novas mídias é um pré-requisito hoje em dia. Já 6% disseram que não, mas que é importante hoje em dia. Apenas 2% dos usuários que responderam a pesquisa disseram quejornalista não precisa estar ligado nas novas mídias, e 7%disseram não ter opinião sobre o assunto.

Na enquete desta semana, queremos saber qual recurso do celular, além da funcionalidade de telefone, você mais utiliza. Para votar, basta ir na página principal do site e localizar a enquete, que fica em destaque na coluna da direita. O resultado será anunciado na próxima segunda-feira, 25 de maio

por que a “cultura da convergência”, de jenkins, interessa a jornalistas?

17052009

livro_jenkinsNo final do ano, a Brazilian Journalism Researchpublicou uma resenha curta que fiz sobre “Cultura da convergência”, que fora lançado por Henry Jenkins no Brasil há poucos meses. Porque cada vez penso mais e mais nas consequências dessa coisa chamada convergência, republico abaixo (agora em português) o texto. Quem sabe a gente não amplia o debate? (Se quiser ler o arquivo original, clique aqui) Uma entrevista bacana com ele, no programa Milênio, pode ser vistaaqui.

Três idéias já seriam suficientes para que a leitura de “Cultura da Convergência”, de Henry Jenkins, interessasse a jornalistas e pesquisadores da área: a convergência midiática como um processo cultural; o fortalecimento de uma economia afetiva que orienta consumidores de bens simbólicos e criadores midiáticos; a expansão de formas narrativas transmidiáticas.

Isoladas ou associadas, essas idéias não só ajudam na compreensão da indústria da comunicação e de seus mercados derivados, como também auxiliam a recuperar parte de sua história recente. Isso porque Jenkins se preocupa em documentar com rigor e com detalhes as principais transformações no cenário de criação e consumo midiático.

O professor do Programa de Mídias Comparadas do Massachusetts Institute of Technology acompanha de perto as modificações nos seriados televisivos, no cinema, na publicidade, nos games, na internet, na política e na cidadania. Observa como, há mais de uma década, o público tem deixado uma posição predominantemente passiva e acomodada para ocupar um novo lugar no processo da comunicação. O usuário deseja participar mais dessa experiência, sabe compartilhar seus conhecimentos sobre aqueles temas com outros consumidores afins e chega, inclusive, a criar coletivamente peças sobressalentes que podem se encaixar à estrutura de produtos disponíveis.

Um exemplo ilustra esse novo público descrito pelo autor: a indústria da mídia lança um novo filme sobre o Homem-Aranha, e em seguida novos produtos associados, como um videogame, uma nova série de revistas em quadrinhos, um website, um punhado de desenhos animados para a televisão. Milhões de pessoas terão acesso a esses conteúdos, passando não só a consumi-los, mas a tomá-los como experiências. Milhares dessas pessoas vão se associar em redes na internet para discutir o filme, para dar dicas de como evoluir no game e também para trocar informações sobre o super-herói. Os mais fanáticos vão além: criarão blogs sobre o tema, escreverão narrativas paralelas alterando o final do filme ou indicando novas ramificações no enredo. Isto é, o público dá continuidade ao que a indústria ofereceu. E esses consumidores só fazem isso porque admiram muito o Homem-Aranha, pois o consideram familiar, modelo para algumas condutas e detentor de outras virtudes atraentes.

Na época da convergência midiática, o que Henry Jenkins chama a atenção é que essa convergência não se restringe ao desenvolvimento de aparatos tecnológicos e nem à confluência de meios para uma única “caixa preta”. O autor salienta que a convergência representa uma “transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos”. Isto é, a convergência não acontece por meio dos aparelhos, mas “dentro dos cérebros de consumidores individuais e em suas interações sociais com outros”.

Ao colocar o tema da convergência numa outra perspectiva, o autor não nos deixa esquecer que o público mudou muito nos últimos vinte anos. Criadores da indústria midiática – e jornalistas também! – não podem ignorar esse fato, e precisam se reposicionar na cena contemporânea.

Em tempos como os nossos, os hábitos de consumo cultural são também afetados pelo fenômeno das franquias de produtos midiáticos. O estúdio que lança o novo filme já projeta sua seqüência, e com isso coloca no mercado outros produtos vinculados ao filme, como CDs de trilha sonora, versões do roteiro no formato de livros, adaptações do enredo para os quadrinhos, videogames de console e para computadores, e outros produtos licenciados, como camisetas, figuras de ação dos personagens, bonés, etc. Os consumidores mais fanáticos vão atravessar os diversos suportes de mídia para ter acesso àqueles conteúdos e produtos. Podem não conseguir alcançar todos os elos dessa cadeia, mas vão por si só reescrevendo uma nova narrativa que trata não apenas do filme original, mas contempla também a sua experiência de consumo dos conteúdos a que teve acesso.

Assim, a história do Homem-Aranha transcende o momento da sua ocorrência na sala de exibição. Ela continua na expansão de episódios menores na trama de início, na adição de outros elementos ou personagens, ou numa nova narração da aventura. Esses esforços não são por reforço ou redundância. O público percebe que pode encontrar novidades para além do produto-matriz e busca pistas em outras peças, reestabelecendo uma nova narrativa, agora transmidiática. Jenkins adverte que essa disposição do público de encontrar seus personagens favoritos em outros momentos, de viver e reviver essas experiências, atende mais a apelos emotivos que racionais. É uma economia afetiva que rege as forças nesse campo, afirma o autor.

Henry Jenkins se define como um “utópico crítico”, e com isso não se perde deslumbrado com o avanço da tecnologia e com a multiplicação das possibilidades. Ele se entusiasma com o que chama de “comunidade de fãs”, e tenta entrever que tipo de modificações pode advir nos cenários culturais contemporâneos. Segundo ele, na cultura da convergência, novas e velhas mídias colidem, mídias corporativas e alternativas acabam se cruzando e os poderes de consumidores e produtores interagem de formas imprevisíveis. Os resultados desembocam até mesmo na forma de fazer e acompanhar a política, e Jenkins esboça um diálogo que suspende um pouco a tensão entre consumidor e cidadão.

É evidente que jornalismo e entretenimento são produtos semelhantes na sua natureza de conteúdos simbólicos. São substratos midiáticos, são resultados da produção cultural, mas as diferenças se acentuam a partir daí, tanto na forma (embalagem) quanto na essência (o conteúdo embalado). Jornalismo e entretenimento não são consumidos segundo as mesmas regras, mas não se pode ignorar que – em algumas situações – a distância entre ambos fique bem pequena, e que as fronteiras entre um e outro se tornem porosas.

O livro de Jenkins trata de consumo e de marketing, de operações conjugadas para venda de conteúdo e de grandes planos midiáticos. Em tese, o jornalismo deveria estar alheio a isso, oferecendo conteúdos que orientassem melhor as pessoas, que lhes dessem mais condições de compreender a realidade, a despeito de razões comerciais. Mas cada vez mais, percebe-se que o jornalismo converte-se numa mercadoria, num produto de mídia como qualquer filme ou videogame. O jornalismo é uma experiência? Isto é, ao se informar, um cidadão tem uma certa experiência de conexão com o mundo e com seus fatos? Se a resposta for positiva, pode-se perguntar ainda: Esta experiência pode ser oferecida numa narrativa transmidiática e conforme a lógica de uma economia afetiva, segundo descreveu Jenkins?

Talvez seja cedo para responder a essa indagação, mas alguns elementos já nos permitem refletir sobre o papel do jornalismo em meio à convergência. As redações estão se movimentando para dialogar mais com seus públicos, permitindo que participem mais e que se associem em algumas etapas da produção jornalística. A proliferação dos canais informativos impele jornalistas a produzirem conteúdos diferenciados e em várias camadas de aprofundamento de forma a satisfazerem públicos heterogêneos. Com isso, os agentes da informação tentam encontrar formas para fidelizar seus públicos, preocupação até então restrita aos publicitários e aos criadores da indústria midiática. Já se ouve falar de jornalismo de imersão, de associação de games a noticiários e do cada vez mais influente jornalismo participativo. São novos tempos.

Se a convergência dos meios é mesmo um processo mais cultural que tecnológico, as transformações resultantes inevitavelmente vão contagiar os jornalistas. Por isso, observar os movimentos do público pensando no que fazer nas redações é mesmo muito oportuno. “Cultura da Convergência” não é um livro sobre jornalismo, mas não pode ser ignorado por jornalistas e pesquisadores atentos às modificações que o campo da notícia está sofrendo.